Iaia Djaló (Fama-Passa, para os amigos)
PR da Guiné-Bissau pede ao PAIGC três
nomes para escolher futuro PM
O Presidente da Guiné-Bissau pediu
hoje ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),
vencedor das últimas eleições legislativas, para que envie três nomes para que
um seja indicado por si primeiro-ministro, disse à Lusa fonte do partido.
De acordo com a fonte, às 16:40
(17:30 em Lisboa) deu entrada nos serviços administrativos do PAIGC uma nota
assinada por Octávio Lopes, ministro diretor do gabinete do Presidente
guineense, José Mário Vaz, na qual é solicitada ao partido a indicação de três
nomes para um ser escolhido primeiro-ministro.
A nota é fundamentada tendo em conta
a análise dos resultados das últimas eleições legislativas, ganhas pelo PAIGC
com uma maioria absoluta de votos, e ainda tendo em conta as formalidades
constitucionais, refere a fonte do partido.
Ainda de acordo com a fonte do PAIGC,
de imediato foi convocada para hoje à noite uma reunião extraordinária do
´bureau´ político (órgão de decisão) do partido para a escolha de "um
nome, de acordo com os estatutos" e que vai ser enviado ao Presidente
guineense "na quinta-feira de manhã".
"Os nossos estatutos são claros,
em caso de vitória eleitoral o cabeça-de-lista, neste caso o presidente do
partido, é automaticamente primeiro-ministro e em caso do seu impedimento
existem normas, também claras, para a sua substituição", observou a fonte
do PAIGC.
Citando o numero dois do artigo 40.º
dos estatutos do partido, a fonte notou que em caso de o líder se mostrar
indisponível ou impedido "por outros motivos" é indicado o nome de um
dos vice-presidentes por ordem de procedência e que terá que ser aprovado pelo
´bureau´ político.
São vice-presidentes do PAIGC Carlos
Correia, Satu Camará e Baciro Djá, respetivamente primeiro, segundo e terceiro
na hierarquia de substituição de Domingos Simões Pereira que é o líder do
partido.
O ´bureau´ político é composto por 91
membros efetivos e 10 suplementes que podem assistir às reuniões, com direito à
palavra mas sem poder de voto.
Fonte: Lusa – Bissau
Nota: EDITOR
Nota-se com
esta notícia da Agência Lusa que, houve uma quebra na força dos absolutistas,
depois do chumbo dos tribunais. Isso não é uma reflexão é uma afirmação!
Concordo que aproveitaram a deixa da "inovação" para adoptar uma nova
estratégia. Perfeito!
Primeiro criou-se, um
novo porta-voz, o líder do Partido da Nova Democracia (PND) que por sinal
esteve, ausente, durante os primeiros embates políticos na Guiné, tanto assim foi
que, sempre nas audiências anteriores aparecia sempre um dos vices.
Iaia Djaló (meu
amigo e irmão mais-velho "Fama-Passa") presidente do PND apareceu
ontem em público, depois da audiência com o chefe de Estado, para divulgar a
magnifica "ideia". Fenomenal.
Ou seja: o pardito dos camaradas
deveria enviar 3 nomes para o PR Jomav escolher, qual deles seria a figura ideal, para ocupar o cargo do próximo PM. Confesso que não desacordaria, se isso
não fosse um truque para dilatar a meta. Vou tentar explicar-me melhor:
Para começar,
vamos supor que estamos a falar de uma corrida de 100 metros, uma modalidade
que pratiquei e gosto muito. Agora imagina o leitor que, já tinha havido uma
"falsa partida" de um dos atletas neste caso o ex-PM Djá, que obrigou
que o Supremo Tribunal de Justiça (juízes das olimpíadas) interviessem no caso,
ao ponto de suspender o atleta e os 30 membros medíocres da equipa (15
ministros e 15 secretários de estado) pela trapaça.
Imagina agora
que todos os atletas, estão de novo na linha da partida, até porque o PR Jomav
aceitou (embora com alguma resistência) a decisão dos juízes. Agora o que não
se percebe, é a proposta de que o partido PAIGC tenha que mandar três nomes, para
que o soberano e Sua Excelência o Presidente, ESCOLHA. Agora se esta "ideia"
estapafúrdia tivesse um pingo de enquadramento estatutário, o BP do partido dos
camaradas, seria obrigado a rachar-se ao meio. Mas pelos vistos, não teve efeito esta ideia tanto assim foi que a escolha do colegial, recaiu sobre
os ombros do Engenheiro Carlos Correia.
Espera-se
agora que, ninguém mexa mais na meta, senão nunca mais acaba a corrida, até porque
se fosse no futebol diria que, não se pode ser árbitro numa partida, apontar uma
penalidade e ao mesmo tempo escolher o jogador (da equipa que claramente tem beneficiado)
que deve marcar o penálti. Isso é aberrante!!!
Melhor
explicando: o nosso sistema democrático não dá o direito de "última
palavra" ao Presidente da República, sem antes escutar (ouvir) os partidos
com assento parlamentar. Se depois de escutar todos, o nome não reunir CONSENSO
aí sim o PR poderá sugerir o envio de outro nome! Capisco? Nome e não NOMES! Ou sim, ou não…
Posto isto, aproveito para sugerir ao PAIGC que, na composição da orgânica do próximo executivo
(uma responsabilidade exclusiva do chefe do governo) que escolha uma estrutura que
tenha o cargo do VICE-PRIMEIRO-MINISTRO e que em BLOCO se crie um governo e as condições de governar
tranquilamente. E mais não digo!!!
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