quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Troca de acusações moveu-se do campo político para o sindical.



O Presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Luís Nancassa disse que o sindicato congénere (SINDEPROF) está em greve porque se tratam dos sobrinhos do Presidente da República, José Mário Vaz, que Nancassa acusa de estar contra a presença deste governo.

O Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) anunciou hoje, quarta-feira, 21 de outubro, em conferência de imprensa, que vai manter a greve geral de 30 dias que começou na segunda-feira, dia de início do ano letivo. Por seu lado, a Ministra da Educação, Odete Semedo classifica esta paralisação como sendo um acto triste e despropositado. “Nós tomamos posse a 13 de outubro e no dia seguinte recebemos o pré-aviso da greve. A greve em vigor é como andar de saltos na praia”, afirmou a ministra.

Para Odete Semedo, o governo deve garantir financiamentos para investir no sector da educação, se quiser melhorar os resultados no futuro. Formar professores de qualidade é uma das propostas que a ministra fez para desenvolver o ensino guineense.

No entanto, o vice-presidente do SINDEPROF, Eusébio Có, afirma que tais declarações são a prova de "falta de vontade" do governo para resolver os problemas que motivaram a paralisação. 

De acordo com Eusébio Có, o pagamento de salários em atraso é uma das reivindicações, mas não constitui o principal motivo da greve que é, sublinhou, o respeito pela lei que instituiu a carreira docente desde 2011, mas que não é aplicada. "O governo, em vez de se preocupar com aquilo que preocupa os professores, pega em coisas que não interessam a ninguém", lamentou o sindicalista. 

Eusébio Có acusou a ministra da Educação, Odete Semedo, de "insensibilidade" e criticou ainda o Governo por ter conversado "com os que nada tem que ver com a greve", numa alusão ao Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), que também considera a greve inoportuna Eusébio Có, vice-presidente do SINDEPROF, disse hoje que a paralisação "vai até ao fim". A troca de acusações entre os sindicatos dos professores está sobretudo a agitar o ensino público.

Por: Braima Darame

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