Que
tal falarmos primeiro da reconciliação entre o Presidente Jomav e o presidente
do PAIGC Domingos Simões Pereira, antes da reconciliação do PAIGC com os 15?
Na
minha modesta opinião, o problema interno do PAIGC cabe aos PAIGCista
resolverem. É uma organização política com leis internas para regular o
funcionamento das suas estruturas e o comportamento dos seus membros. Pensando
que a CEDEAO deviria mediar a reconciliação no seio de um partido político, modestamente,
é no todo ridículo na perspectiva de uma organização dos Estados e não uma
associação sub-regional dos partidos.
O
papel de reconciliar o PAIGC, mesmo atrás das cortinas, deve ser uma missão do
PR Jomav, mas antes seria bom reconciliar com a direção do seu partido.
Hoje
os 15 são uma realidade. Não se pode ignorar a sua força política, pois são
apadrinhados pelo Presidente. Por isso, enquanto guineense estou interessado na
constituição de um governo que garanta a estabilidade política, independentemente
do líder do governo, desde já que seja uma figura consensual entre as partes.
Em
tempos sugeri um governo liderado por PAIGC, mas com repartição equitativa das
pastas entre as partes (50% para PAIGC+UM+PCD+companhia limitada e 50% para
PRS+15+PR mais companhia limitada), pabia problema tudu sta na bariga (casa
onde não há pão todos ralham…)
Mas
relativamente a reconciliação no seio do PAIGC, tenho as minhas reservas. Considerando
que as crises políticas guineenses ao longo dos tempos estão ligados as "indisciplinas",
sugeria que impere a disciplina partidária para quebrar este vício. Poderá ser
um marco na mudança da visão e da forma de encarar a política e afiliação
partidária. Nenhuma reconciliação salvará o PAIGC dos vícios de traições e
conspirações internas, senão continuar abrindo precedências negativas.
O
que poderá valer ao partido, mesmo perdendo as futuras eleições, é o respeito
pelas regras internas, modernização e valorização do partido, independentemente
da figura que está a testa do partido. Contudo esta aplicação efetiva da
disciplina interna tem que ser coerente e não de forma oportunista como tem
sido hábito.
Não
devemos perder o foco.
Sempre
ao lado da Guiné-Bissau
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