sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Sempre ao lado da Guiné-Bissau



Que tal falarmos primeiro da reconciliação entre o Presidente Jomav e o presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira, antes da reconciliação do PAIGC com os 15?

Na minha modesta opinião, o problema interno do PAIGC cabe aos PAIGCista resolverem. É uma organização política com leis internas para regular o funcionamento das suas estruturas e o comportamento dos seus membros. Pensando que a CEDEAO deviria mediar a reconciliação no seio de um partido político, modestamente, é no todo ridículo na perspectiva de uma organização dos Estados e não uma associação sub-regional dos partidos. 

O papel de reconciliar o PAIGC, mesmo atrás das cortinas, deve ser uma missão do PR Jomav, mas antes seria bom reconciliar com a direção do seu partido. 

Hoje os 15 são uma realidade. Não se pode ignorar a sua força política, pois são apadrinhados pelo Presidente. Por isso, enquanto guineense estou interessado na constituição de um governo que garanta a estabilidade política, independentemente do líder do governo, desde já que seja uma figura consensual entre as partes. 

Em tempos sugeri um governo liderado por PAIGC, mas com repartição equitativa das pastas entre as partes (50% para PAIGC+UM+PCD+companhia limitada e 50% para PRS+15+PR mais companhia limitada), pabia problema tudu sta na bariga (casa onde não há pão todos ralham…)

Mas relativamente a reconciliação no seio do PAIGC, tenho as minhas reservas. Considerando que as crises políticas guineenses ao longo dos tempos estão ligados as "indisciplinas", sugeria que impere a disciplina partidária para quebrar este vício. Poderá ser um marco na mudança da visão e da forma de encarar a política e afiliação partidária. Nenhuma reconciliação salvará o PAIGC dos vícios de traições e conspirações internas, senão continuar abrindo precedências negativas. 

O que poderá valer ao partido, mesmo perdendo as futuras eleições, é o respeito pelas regras internas, modernização e valorização do partido, independentemente da figura que está a testa do partido. Contudo esta aplicação efetiva da disciplina interna tem que ser coerente e não de forma oportunista como tem sido hábito.

Não devemos perder o foco.

Sempre ao lado da Guiné-Bissau



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