“Recebi apelos até do secretário-geral das
Nações-Unidas, um dos homens mais importantes do mundo, no sentido de haver
entendimento entre os guineenses”, declarou José Mário Vaz, Presidente da
República, contando um episódio que se passou entre ele e o ex-presidente
português, Cavaco Silva.
“Quase
não falo agora [com Cavaco], porque pediu-me uma coisa e eu disse-lhe que não
podia fazê-lo [apoiar o Governo de Domingos Simões Pereira, há um ano, em vez
de o demitir”.
Mas
enquanto falaram, o ex-estadista português, “também me pediu o
entendimento no país”, afirmou.
José Mário Vaz disse também ter
sido aconselhado no mesmo sentido pelo atual Presidente de Portugal, Marcelo
Rebelo de Sousa, e pelo embaixador americano residente no Senegal.
“Por
isso quero pedir a todos os guineenses para que façamos tudo para que haja
entendimento entre nós. Peço também aos anciões deste país que façam o mesmo”, exortou José Mário Vaz.
Para
o líder guineense, não era necessário que os dirigentes de outros países
africanos viessem ao país promover o diálogo se os nacionais se empenhassem na
busca do entendimento.
Dois
chefes de Estado da sub-região, Alpha Condé, da Guiné-Conacri, e Ernest Koroma,
da Serra-Leoa, são esperados em Bissau, no sábado, no âmbito da promoção do
diálogo entre os líderes guineenses desavindos.
Os
estadistas são enviados da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO).
Fonte: LUSA
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