Vaso chinês e estatueta "casal di LABRADUR"...Cultura
O POVO escolhe e vem um PR, derruba!
O POVO vota e vem o grupinho, derruba!
Como é que um partido ganha uma eleição
democrática pelo voto do Povo, e ganha tudo, quando digo tudo é tudo menos a vontade do
PR de serviço.
Tirando as autárquicas que foram as
únicas ELEIÇÕES que ainda não se realizaram na Guiné, nos 22 anos da jovem
democracia, as legislativas e as presidências foram na sua maioria ganhas pelo
partido libertador PAIGC.
Ou seja, vai-se as URNAS o POVO suposto
legítimo detentor do PODER decide e vota no partido PAIGC, manifestando assim
de forma inequívoca a sua vontade, mas logo de seguida vem a vontade dos homens
que estão na Presidência que desrespeitando quase sempre o POVO, escolhem, uma
pessoa de suas vontades para dirigir e governar o país. Vontade dos grupinhos sempre
se sobrepôs a vontade da MAIORIA.
Resumindo: claqueando bem o PR em função,
se consegue o feito. Foi assim, com outros presidentes, tanto
assim que se alimentou e criou-se a cultura de MATCHUNDADI, constantemente
promovida por politiqueiros, prevaricadores e, tornou-se forma de fazer
política na Guiné di bom bardadi.
Em 1994, quando tudo se recomeçou, com o nome
novo e descomplicado de DEMOCRACIA, o Povo ordeiro e cívicamente também votou no PAIGC. No meio do partido dos
camaradas escolheu-se por maioria, uma pessoa para liderar o governo. Tudo parecia
correr bem, até que, num maldito dia, restabeleceu-se a cultura da indisciplina,
desvios de procedimentos, desrespeito aos superiores hierárquico, fragilizando
de forma declarada o líder do governo na altura, e os grupinhos voltaram a
vencer, colocando quem queriam para governar.
Começam como sempre com as conspirações e
sabotagens, para depois completarem com as calunias, difamações, desobediências em cadeia para depois eliminar
se for preciso a liderança, para facilmente
sequestrarem o PARTIDO e o POVO. Manifestamente falo do sonho e projeto de NAÇÃO
do fundador Amílcar Cabral que só não vingou até hoje por causa dos GOLPES que
se vão dando.
A cultura política de sabotar e trair todo
o projeto político e social que queira UNIR os guineenses para o
Desenvolvimento é o retrato perfeito do GRUPINHO dos 15.
E essa cultura tem um dono porque atualmente
ganhou tanta força, que mesmo o partido PAIGC, não está aguentando mais. E
falo-vos de uma organização que até então foi o único e maior exemplo no
território de nome Guiné, de como a força da UNIDADE é mais poderosa. Trago-vos
a organização política que lutou, conquistou e afirmou a voz dos guineenses no
conjunto das nações independentes e soberanas. Não é coisa pouca!!!
Mas como os tecladistas e opinadores da
nossa praça virtual querem fugir para o campo do legado estórico e do sentido
de liderança de Cabral, para explicar a atualidade, digo, acho muito gira a
ideia, mesmo sem óculos ou sumbia à Cabral.
Só sei que, uma liderança marca este período
político como facilitador da CULTURA DE GRUPINHO, que nada é senão um antigo conceito
de múltiplas definições, com subgéneros e apropriações que vão surpreendendo a
cada dia que passa e se vai assassinando a ÉTICA política traindo logicamente os princípios de qualquer
partido.
Os ideários do Partido (sem querer entrar
no perigo de personalizar as lideranças), sempre foi destruída por pessoas
altamente invejosas, frustradas, recalcadas e ressentidas ao ponto de
conspirarem e ajudarem de uma forma ou de outra no assassinato físico e agora
colaboram para o desaparecimento do ideário político do próprio fundador do
PAIGC, Amílcar Cabral. São e foram sempre Anti-Cabral, mas só que nunca vão
perceber isso!
Mas também digo que os sabotadores de
serviço na altura do Golpe contra Cabral seriam de certeza os atuais bloqueadores
do Progresso e Desenvolvimento do POVO guineense transfigurados nos 15.
E como consequência natural essa minoria com
o mesmo método de grupinhos acabam por dominar a cena com a arte de conspirar. Na altura como agora conspiram tanto,
recorrendo as ferramentas e anti-valores como intrigas palacianas, falsidades,
traições e, etc, conseguindo quase sempre “fazer à cabeça” de quem está na
torpeça da Presidência. Com o malogrado presidente Nino Vieira foi também assim
derrubou-se primeiro e pensou-se depois. E o governo legitimamente saído das
URNAS ou melhor votado e escolhido pelo POVO em 1994, voou!
Aquele que se chamou de primeiro governo de tecnocratas
liderados na época pelo Comandante Manuel Saturnino da Costa tinha bom
resultados em tão pouco tempo de governação, e desde esse tempo, até agora na
Guiné vive-se sempre sob o mesmo enredo de cai governo, forma-se governo, cai
governo e forma-se governo.
Desde então do sempre, ficamos com “uma
lágrima no canto do olho” como diria o mais-velho Bonga. Até hoje, não se parou
de fazer tchapa-tchapa de governos utilizando sempre o mesmo guião esperando,
um final feliz se no original se tem um final infeliz.
Conta-se que o único Presidente que resistiu a
essa pressão maquiavélica dos entropiadores, golpistas, antipatriotas e traidores foi o também
malogrado PR Malam Bacai Sanha.
E segundo muitos foi isso, que lhe custou
a própria vida. Por isso, a questão de liderança para um clima de Paz na Guiné se
deve colocar melhor ao PR do que ao líder do partido que se quer Estado.
Há muito que digo escrevendo que,
transformaria aquela sede dos “Libertadores” no Palácio da Cultura mais lindo da
costa ocidental africana. E o palácio da República transformaria no Museu da
Conspiração e Traição do Povo GUINEENSE.
O Povo VOTA, escolhe o partido que
pretende que governe e depois, vem o depois! E, esse depois é a vontade do
soberano de vez, que culmina em derrubar o governo legítimo, e criar um governo
de sua iniciativa e, assim se vai reacendendo as CRISES ao longo dos tempos.
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