quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Falem-me de primavera árabe para acabar com a má governação…


Tenho ouvido falar numa "primavera árabe" à guineense, apregoado por um grupo de iluminados que julgam-se, fazedores de opinião. O que me estranha é, gente que se auto-intitula de intelectuais, não percebem o que distingue a Guiné do Egipto, Líbia, Síria, e Tunísia. 
 
Neste países, quando se deu a chamada primavera árabe, vivia-se numa total ausência de direitos liberdades e garantias dos indivíduos, pelo menos, de ponto-de-vista ocidental e, mesmo as suas democracias eram colocadas em causa pela forma como funcionava. 

Nesta miserável terra chamada Guiné-Bissau, há liberdades, há democracia e há reconhecimento dos direitos liberdades e garantias na Constituição e na prática - as violações dos direitos liberdades e garantias que acontecem, são iguais aos que sucedem em todos os países livres, com maior ou menor grau -, pelo que o que realmente está a dar cabo deste país e do povo é a má governação.

Falem-me de primavera árabe para acabar com a má governação, aí admito que talvez seja necessário uma revolução sim, mas de resto, quando escolhes livremente um tipo que te governa mal, o que realmente podes fazer senão esperar para as próximas eleições e lhe dar cartão vermelho? 

E quando esse grupo de pessoas que te governam pensam que aconteça o que acontecer, chegam as eleições a tua escolha é sempre a mesma o que se deveria espera da sua atitude?

A minha primavera árabe é colocar os que impedem este país a avançar ao longo destes anos todos longe do poder, é a forma de mudar alguma coisa de forma positiva e sem custos maiores. As revoluções têm sempre elevadíssimos custos!


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