Tenho
ouvido falar numa "primavera árabe" à guineense, apregoado por um
grupo de iluminados que julgam-se, fazedores de opinião. O que me estranha é,
gente que se auto-intitula de intelectuais, não percebem o que distingue a
Guiné do Egipto, Líbia, Síria, e Tunísia.
Neste
países, quando se deu a chamada primavera árabe, vivia-se numa total ausência
de direitos liberdades e garantias dos indivíduos, pelo menos, de
ponto-de-vista ocidental e, mesmo as suas democracias eram colocadas em causa pela forma como funcionava.
Nesta
miserável terra chamada Guiné-Bissau, há liberdades, há democracia e há
reconhecimento dos direitos liberdades e garantias na Constituição e na prática
- as violações dos direitos liberdades e garantias que acontecem, são iguais
aos que sucedem em todos os países livres, com maior ou menor grau -, pelo que
o que realmente está a dar cabo deste país e do povo é a má governação.
Falem-me
de primavera árabe para acabar com a má governação, aí admito que talvez seja
necessário uma revolução sim, mas de resto, quando escolhes livremente um tipo
que te governa mal, o que realmente podes fazer senão esperar para as próximas
eleições e lhe dar cartão vermelho?
E
quando esse grupo de pessoas que te governam pensam que aconteça o que
acontecer, chegam as eleições a tua escolha é sempre a mesma o que se deveria
espera da sua atitude?
A
minha primavera árabe é colocar os que impedem este país a avançar ao longo
destes anos todos longe do poder, é a forma de mudar alguma coisa de forma
positiva e sem custos maiores. As revoluções têm sempre elevadíssimos custos!
Por:
Gorky
Medina
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