“
A minha alma está armada e apontada para a cara do sossego…Paz sem voz(bis) não
é paz é, MEDO…” in “Minha ALMA” O Rappa
Depois
de praticamente um ano de apatia, o PR Jomav está ativo mais do que nunca. Visitou numa
assentada, três hospitais. Começou pelo hospital Simão Mendes, depois passou
pelo Hospital Raul Follereau e por fim esteve no Hospital de Kumura. Depois
deste pequeno périplo por Bissau, talvez esteja na hora de uma presidência
aberta, à tal, prometida para o primeiro ano de mandato, durante a campanha
eleitoral. Uma promessa que até então não foi cumprida como deve lembrar…
Vamos
lá a estória que começa assim: o Chefe de Estado saiu finalmente do palácio da
república, depois de uma ausência muito estranha em atos públicos. Nem falarei
do descaso verificado no dia 3 de agosto, mas também não foi, por exemplo, ao
estádio 24 de Setembro (espero que no próximo sábado não falte ao jogo da
seleção nacional no mesmo estádio) para assistir a final da taça da Guiné, como
estava programado. Para quem viu o aparato de segurança que acompanhou o PR
ontem pelas ruas da capital, ficou de certeza com a sensação, de rever imagens
dos tempos idos dos anos 80, onde para além das AK47, bazucas e RP17 faziam parte
da escolta armada até aos dentes e preparada para uma “guerra” se for preciso.
Estas
visitas inesperadas, do PR Jomav aos hospitais foram consideradas em alguns
círculos políticos, como um “finalmente a raposa saiu da toca”. Realmente se
formos analisar a atividade governativa do PR, neste primeiro ano de função,
encontramos um deserto de ações. Foram pouquíssimas visitas oficiais, algumas participações
em cimeiras regionais, “mesa redonda” e no território nacional, apenas tem-se como
registo a inauguração do tique de Kpur na região de Biombo. Reservo para outra
oportunidade o foco sobre a ligação política “umbilical” com esta localidade
dos meus parentes pépeis.
Ainda
para alguns analistas, as visitas feitas ontem aos hospitais pelo PR, não
passam de uma demonstração clara, do papel interventivo que o Chefe de Estado
tem no seu código genético político. Finalmente, o homem está dando razão, aos
que sempre consideraram que PR Jomav daria mais para primeiro-ministro do que
para presidente da república.
Muitos
vão mais longe na observação e, dizem que, tudo não passa da busca desenfreada
do “populismo barato” e sinais claros de uma presidência que pretende
definitivamente MANDAR na ação governativa com intervenções concretas e diretas,
ao invés de estar barricado no palácio, saindo apenas, para cortar fitas.
Outros
tantos ainda perguntam: “onde estava o PR Jomav para só agora descobrir que os
hospitais têm carências infindáveis?” Não se esqueçam que durante a visita da
sua alteza o rei de Marrocos o PR esteve no HSM. M’bom. E podem contar que
apoiarei o Chefe de Estado se as próximas visitas forem para verificar as
estradas de Bissau e, apoiarei mais ainda se ele falar da colonização da
empresa libanesa Areski nas obras públicas guineense. Se a visão da coisa é,
mostrar as obras desfeitas do ex-PM DSP.
Partilho
da opinião de que uma visita desta natureza e, sobretudo, aos hospitais são
sinais fortes de solidariedade e compaixão para os que sofrem de algumas
enfermidades, mas, a única coisa que não percebi foi o fato, do PR Jomav ter
que ir comprar pessoalmente oxigénios para os doentes internados no HSM. E já
agora, digam-me:
Está
para quando o “oxigénio” para o quadro clínico da Guiné que vai em duas semanas
de ingovernabilidade?
N’punta
nan dê!!!
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