quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Desalojamento "selvagem" no bairro GABU SINHO em Bissau

Bissau: Por decisão do Tribunal, centenas de famílias estão a ser despejadas das suas casas por alegadamente a zona pertencer um cidadão da Guiné-Conacri que reclama a posse do terreno que já tem construções de mais 100 casas, algumas são habitadas há mais de 5 anos no bairro de GABU SINHO, em Bissau.
                                 
O Bairro está invadido nesta altura por um dispositivo de segurança bem armado (Polícias de Ordem Pública (POP) e Polícia-militar (PM).
O agente do tribunal que está despejar os moradores, em cumprimento da ordem, recusou prestar quaisquer declarações à imprensa, neste caso, ao jornal Nô Pintcha que esteve em primeira mão no terreno, alegando não ter autorização para falar do assunto.

De salientar que o despejo que se verifica neste momento está acontecer de forma obrigatória.
                             
Um grupo de jovens recrutados para retirar tudo que encontrarem no interior das casas e, de seguida, as autoridades em execução do despejo substituem as fechaduras das portas.

As interrogações que os moradores fazem são essas: onde é vamos dormir hoje? A resposta cabe a quem de direito.

Com mais detalhes, confirme com as imagens 
Por: Aliu Baldé 

Nota do Editor
Essas pessoas no mínimo deviam ser realojadas antes de qualquer ação judicial. Mas pronto, estamos a falar de um país em que se cria cada tipo de cenário explosivo que, apetece rir para não chorar!

Outrossim, é a reportagem sublinhar que o terreno pertence a um cidadão da nossa vizinha, grande La Guiné. Sem desprimor ao trabalho do repórter, do “Nô Pintcha”, a questão não se trata do proprietário ser estrangeiro ou de qualquer outra parte do mundo, á questão recai precisamente, sobre o comportamento coercivo das nossas autoridades policias, incluindo a prática e criação de “milícias” ou como diz a reportagem, “grupos de jovens recrutados” que no fundo serviram para aterrorizar, os moradores. Mas dizia, as nossas autoridades é que decidem sobre os procedimentos compulsórios na nossa terra, no nosso Tchon!!!

A não ser que, se queira começar a criar uma insatisfação grande contra os nossos irmãos nánias,( em linguagem poética: bode rexpitaratório) para quando se estiver a debruçar sobre as diretrizes do Prof. Alfa Conde com base nos acordos de Conakry, se utilize a retórica de mandar lá em Conankry  e não em Bissau. Por vezes, assim é que começam as narrativas xenófobas que desembocam nas políticas!!!

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