quarta-feira, 7 de setembro de 2016

HOMENS CAMALEÕES



Certa vez, o meu amado cunhado de mão mágica, Emílio Tavares Lima, escreveu sobre “Homens Kakris”. Uma nova espécie humana que vem ganhando proporção biológica na Guiné-Bissau. Nesta matemática da geografia biológica consegui descobrir mais uma espécie de homens, uma espécie não rara, mas muito calma, elegante, visivelmente charmosa, mas muito perigosa.

Trata-se de HOMENS CAMALEÕES. Esta espécie inclui todos aqueles gênios em mudança.

Graças as sucessivas “djunda djunda pa turpexa ki di Cabral, cu Cabral ca sinta nel”, o Homem Camaleão tem celebrizado na nossa praça pública. É um tipo que sempre está na primeira divisão ou melhor no primeiro lugar (El purmeru lugar ta bai odjal nan la). 

É família do Homem Kakri, mas distingue-se pela sua habilidade em trocar de cor, pela sua língua alongada e rápida em calúnia, que consegue facilmente denegrir a imagem do opositor, também se distingue pelos seus olhos mágicos que podem ser movidos independentemente um do outro.

Não é difícil identificar os HOMENS CAMALEÕES. Veja à sua volta, estás rodeado deles. Estão em tudo que é canto. Conseguem colocar os dois pés em dois botes, que correm em velocidade distinta.
No início da atual crise muitos Homens Camaleões deram a voz contra isto e aquilo, repudiaram atitudes de uns e outros, mas como ninguém foge ao seu destino, com o passar do tempo, o Homem Camaleão ficou MUKUR MUKUR, “i cala yem” ou simplesmente mudou de time, pulou do murro desabado. Motivo? Talvez porque conseguiu “lugar” ou porque o amigo, o irmão, o pai, o tio, o parente (da mesma etnia ou religião) conseguiu a desejada colocação no governo (Kuru).

Neste momento, o Homem Camaleão já está carregando baterias para mudar de cor, porque supostamente atual TITANIC vai afundar.
BO TOMA TON, PORQUE BISSAU PIKININU...

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