segunda-feira, 7 de março de 2016

ONU na Guiné

 
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deslocou-se hoje à Bissau para pedir as autoridades guineenses que deixem funcionar normalmente as principais instituições da república e que as leis do país sejam aplicadas, disse o chefe da delegação, o diplomata angolano, Ismael Martins, no balanço da missão que durou pouco mais de cinco horas.
“Ninguém está acima da lei e penso que com estas palavras todas, saímos com a sensação de que com mais paciência, com mais procura e abertura, encontraremos uma saída", salientou.

A delegação manteve em Bissau vários encontros com as autoridades guineenses com quem, Ismael Martins, disse ter abordado a necessidade de ultrapassar o impasse a bem do povo e para beneficiar dos apoios da comunidade internacional.
De acordo com Ismael é preciso que os partidos políticos, Assembleia Nacional Popular, respeitam as regras, cumprem as normais e aplicam as leis básicas para garantir o normal funcionamento das instituições e cumprimento da actual legislatura. 

"Eu penso que agora vamos deixar as instituições funcionar. Os partidos têm de funcionar. Onde houver incumprimento das regras dos partidos, é preciso que eles saibam aplicar aquilo que são as suas próprias normas, para que sejam legitimados e o Parlamento a mesma coisa. As regras têm de ser cumpridas, são regras básicas", afirmou Ismael Martins.

Aos jornalistas, Ismael Martins disse que vê a maturidade política nos políticos e a vontade de ser ultrapassada a crise. O angolano deixou claro que o Conselho de Segurança não apresentou nenhuma solução para a saída da crise.

"Nós não impusemos nada a ninguém. Nós queremos regras, queremos cumprimento da lei e justamente o combate ao incumprimento da lei e das normas. Só se vê investir em países onde há normas e onde há regras", garantiu.
Por outro lado…
 
O Movimento Cidadãos de Mundo, liderado pelo Jornalista da televisão pública guineense, Tony Goia, entregou hoje aos membros do Conselho de Segurança da ONU uma petição em que solicita que as Nações Unidas venham a governar a Guiné-Bissau durante os próximos cinco anos.

"O problema da Guiné-Bissau é a crise de liderança. Fazem-se mil eleições e a crise vai continuar. Os políticos da Guiné não pensam no povo, mas sim nos seus interesses. Vê a ostentação que fazem a olho nu, mas o povo vive na miséria. Queremos que a ONU administre o país", referiu.

Por: Braima Darame

CRISE POLÍTICA GUINEENSE AINDA SEM SOLUÇÃO A VISTA
 “O povo da Guiné-Bissau precisa de um país estabilizado com os seus problemas a serem resolvidos, com um Governo a governar, um Parlamento a exercer de forma cabal o seu papel. ”.

Opinião do Chefe da Missão do Conselho de Segurança da ONU em Bissau, após ter reunido com o PAIGC, PRS, Governo, ANP e o Presidente da República, José Mário Vaz.
 Ismael Abrão Gaspar Martins que falava em jeito de balanço no aeroporto de Bissau, afirmou terem saído com a primeira conclusão, ou seja, os guineenses e o povo da Guiné-Bissau ganhou muita maturidade política que deverá nortear a procura da saída a crise:

"As regras básicas devem ser cumpridas porque ninguém não está acima da lei. É preciso estar juntos deixar as instituições e o partido a funcionar.” disse
O Embaixador defende que a ONU está mobilizada em ver a Guiné-Bissau acertar os passos, sem extremos, e que isso permita alinhar-se e avançar, "pôr o país a crescer" porque segundo o diplomata, "o que se passa em Bissau não é uma crise, é apenas um desacerto de posições" que deve ser ultrapassado pelos próprios guineenses.

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