sexta-feira, 13 de maio de 2016

A “mão de deus” ou melhor “a mão do diabo”...

Sempre gostei de jogar futebol. Na tenra idade era capaz de jogar, três horas, sem me cansar! Todos os problemas que tinha no retângulo, seja com quem for, tivesse a idade, o tamanho, a largura, a maldade e a esperteza que tivesse, tinha a minha resposta na mesma hora! Enquanto jogador de futebol, com a falsa modéstia, considero-me um “brinca na arreia”! Por vezes, fintava uma pessoa com tanta facilidade, e em ato contínuo, sacava uma tamanha gargalhada, que a bola fugia-me dos pés.

O adversário, de tanta raiva, não aguentava  tamanha FINTA, e o pior é que, a claque gritava, o descaso e rebaixamento do raciocínio do adversário era público e notório. Poucos aguentavam o curto-circuito provocado pelo rancor e ressentimento do momento e, muitos como único recurso, partiam para a ignorância. A violência tomava conta!!! Por vezes era tão esperada esses comportamentos truculentos em alguns adversários, que em NENHUMA dessas agressões, CARIMBO em nenhuma delas, virei às costas! Bati-me sempre! Ali, no momento, não recuando um passo sequer e, muito menos fugindo para casa, com MEDO de quem quer que seja ou fosse. Mantenho o mesmo espírito até hoje mesmo que não seja no futebol! Graças aos Deuses!!!

Por isso, houve aí ataques de alguns acólitos, que não respondi e como sempre fiz de conta que não li as entrelinhas das mensagens e muito menos escutei os recados. Agora sublinho, e para que fique claro, tudo o que escrevo no espaço virtual tem a minha assinatura carimbada com a MINHA MÃO, não uso falsos nomes, pseudônimos, alias, sempre disse que não tolerava a incoerência dos “NÃO PESSOAS”, sobretudo, os que se escodem atrás de niknames, para opinar e desdefender uma ideia! Pois continuo a considera-los uns COVARDES! Tout court!!!   

Mas voltemos ao futebol! Dizia, existem jogadores que foram meus ídolos, porque fundamentalmente, reconhecia neles temperamentos semelhantes, quando praticava a modalidade. Gôs n’ bedju, jovens ta insisti kumbidam pa timi di velha-guarda hora ku djugu tem... djubi sô leb-simenti ndê ki ta tchiga utru hora” 

Adiante, falava de jogadores e Maradona é um deles! A forma magica com que tratava o esférico era tão candente que metia inveja a qualquer jogador que se presava! Quem não se lembra, quando venceu os ingleses, supostos “donos” da modalidade, marcando aquele golo com a mão que ele outorgou com cinismo atroz “foi com a cabeça e a mão de deus”. Politicamente falando, vivia-se o rescaldo da ocupação abusiva das Maldivas. No dia seguinte, ao marcante Mundial ou Copa do Mundo de 1986 os jornais ingleses contra-atacaram com aquele sarcasmo britânico frio e calculista, com títulos ou melhor leads tipo “golo com a mão do diabo”.

“Penso eu de que” diria o outro, o que muitos não sabem, é que 29 anos depois, nomeadamente em 2015, ano passado, Diego Armando Maradona, o maestro, foi pedir desculpas ao árbitro e aconteceu isto segundo o jornal português Público:

O antigo futebolista argentino Diego Maradona pediu desculpa na segunda-feira ao árbitro tunisino Ali Bennaceur pelo golo marcado com a mão frente à Inglaterra, nos quartos-de-final do Mundial 1986. Durante uma visita a Tunes, onde vai filmar um anúncio publicitário, o antigo “astro” encontrou-se com Ali Bennaceur, que dirigiu o encontro em que Maradona marcou dois golos, um que ficou conhecido com a “mão de deus”, marcado com a mão, e outro depois de ultrapassar vários jogadores ingleses.

O antigo árbitro internacional tunisino, que não viu a acção irregular de Maradona, recebeu o argentino na sua casa, 29 anos depois do encontro realizado no Estádio Azteca, na Cidade do México. “Apresento-lhe as minhas desculpas, senhor Bennaceur, pelo golo que marquei graças à mão de deus”, disse Maradona, durante o encontro.

Na sua página oficial no Facebook, Maradona sublinhou o “encontro emocional” com o antigo juiz, a quem ofereceu uma camisola da selecção argentina e uma fotografia dos cumprimentos anteriores a esse encontro, com a dedicatória: “Para Ali, meu amigo eterno”.

Em 1986, após o encontro, o antigo capitão da selecção argentina disse que o primeiro golo tinha sido marcado “um pouco com a cabeça de Maradona e um pouco com a mão de deus”.

Começo com o futebol, enfatizo a mágica forma de jogar de um astro da modalidade, mas a questão aqui é a confusão que se tornou  “a mão diabo” e a “mão de deus” nas intervenções publicas do primeiro magistrado da Nação guineense, S.E. Senhor Presidente José Mário Vaz! Sim “a mão do diabo” que assina Decretos em Bissau e “a  mão de deus” que produz os discursos proferidos pela S.E. Senhor Presidente da República, isto porque, na minha humilde opinião, e sem ter que recorrer a “cartas fechadas” ou “abertas” porquanto cidadão tenho o direito de sufragar, questionar e opinar sobre as ações e decisões daqueles que dirigem os destinos da pátria que nos pariu, Guiné.

A cidadania me concede o DIREITO de opinar sobre decisões políticas que acabam por afetar o futuro direta ou indiretamente do comum guineense. E é nessa condição que continuo a pensar que enquanto os político da nossa PRAÇA continuarem de costas voltadas, não poderão enxergar o futuro, senão, os passados nublosos de cada um!!!   Assim sendo e, para não cansar mais @s leitor@s deste Blog e “suma punta i ka koba mal” (tradução: perguntar não é ofensa)...

Porquê que, o S.E. Senhor Presidente, na “mensagem a Nação” falando para o POVO e na cara do POVO guineense não foi frontal, objetivo e CLARO assumindo de forma transparente e com hombridade que iria derrubar mais um governo legítimo???

Porquê que, a Nação ontem foi abananada com um Discurso “açucarado” (diria o outro) e enigmático, sabendo Vossa Excelência que uma hora depois, o país iria ser abalado por um Decreto(BOMBA) monocrático e com tendências absolutistas???

Qual é “a mão” que assina essas trapalhadas???

N’punta nan dê???


Bom final de semana...Fui!!!

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