Rádio Sol Mansi (Mansoa)
Quando tive ideias de produzir e apresentar o Programa Conversar na Varanda (Djumbai
na Baranda), na Rádio Sol Mansi, o Diretor na época era o Jornalista HELMER
ARAÚJO. Na altura um colega me fez essa pergunta:
Por
quê contar histórias na rádio?
Sempre
gostei de contar histórias, desde a minha infância que, fui apaixonado por
contos de fadas, as histórias deliciosas que a minha mãe nos contava quase
todas as noites, depois de jantar, histórias sempre com muitos reis e rainhas.
E são essas e outras histórias, contadas e recontadas, que acabam por sofrer
algumas mudanças, o ditado popular sentença “quem conta um conto aumenta um
ponto”.
De
facto sempre foi assim, e sempre será as pessoas contam-nas de forma diferente,
mas são sempre as mesmas histórias. As mudanças só são notadas em matéria de
usos e costumes, como o tipo de traje e locais.
Por
quê contar histórias na rádio?
Já
agora respondendo esta pergunta, eu acho que nós, os contadores de histórias,
já nascemos com esse dom de querer partilhar tudo de bom com os outros.
No
meu caso em concreto: Ao ler um bom livro, sinto uma ânsia em propagá-lo, em
mostrar para todos o quanto aquilo é interessante, o quanto pode nos fazer
aprender, a sorrir e a reflectir. É mais ou menos isso que me move.
Na
verdade contar história me dá possibilidade de criar as minhas próprias
histórias, de crescer como homem, ver rostos dos que sofrem, distinguir entre
seres humanos transparentes e dos verdadeiros.
Hoje
quando saio a rua encontro com as pessoas, que me reconhecem simplesmente pela
voz, pessoas que me tratam com muito respeito e consideração. É claro que tenho
noção da dimensão do trabalho que estou a fazer na rádio e sei também, que muitas
pessoas estariam dispostas a terem essa oportunidade, de estar no meu lugar,
sei também que nada disso me aconteceria se não tivesse partilhado com os
outros tudo que tenho aprendido.
Falando
em partilhar chego a conclusão que devo publicar um livro de contos e lendas,
que de alguns anos a esta parte, fui fazendo recolhas e seleção (Crioulo e em Português).
Há tempos, falei nelas ao Director da Rádio Sol Mansi, Padre Alberto Zamberletti,
que me aconselhou a seguir em frente com a iniciativa, de publicar um livro.
Mas devido aos altos custos que em regra isso acarreta, não sei. Tenho fé que
vai aparecer uma luz verde no fundo do túnel. Antes disso gostaria de saber
qual é a tua idéia?
Nota do Editor
Caríssimo
Mussa, a minha idéia é mandares quanto antes (é para ontem, como gostava de
gozar) o manuscrito e faz-se já a Edição do livro aqui no Brasil. Como sabes,
tive oportunidade de trabalhar na Editora Thesaurus, logo que cheguei à Brasília.
Mantenho uma relação excepcional com o magnânime Comendador Victor Alegria, dono e
criador da Editora que tem uma excelente filosofia, editar apenas e só livros “Cult”
e, poderei contar ainda com a grande equipa de trabalho que editou “Palavras
Suspensas” do nosso irmão amigo e camarada Francisco Conduto (Fidju di Terra)
em 2011.
Por
tudo isto, e mais, reconheci cedo esse talento que transborda em ti, o de seres
um exímio contador de estórias. Caro amigo, os dois sabemos bem que todo o
escritor é apenas e só, um bom contador de estórias. Aguardo os escritos, AVANÇA
e, esteja firme contando com todo o meu apoio!!!
Aquele
abraço irmão!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário