terça-feira, 19 de janeiro de 2016

POR QUÊ CONTAR HISTÓRIAS NA RÁDIO?

                     Rádio Sol Mansi (Mansoa)
Quando tive ideias de produzir e apresentar o Programa Conversar na Varanda (Djumbai na Baranda), na Rádio Sol Mansi, o Diretor na época era o Jornalista HELMER ARAÚJO. Na altura um colega me fez essa pergunta: 

Por quê contar histórias na rádio?

Sempre gostei de contar histórias, desde a minha infância que, fui apaixonado por contos de fadas, as histórias deliciosas que a minha mãe nos contava quase todas as noites, depois de jantar, histórias sempre com muitos reis e rainhas. E são essas e outras histórias, contadas e recontadas, que acabam por sofrer algumas mudanças, o ditado popular sentença “quem conta um conto aumenta um ponto”.
De facto sempre foi assim, e sempre será as pessoas contam-nas de forma diferente, mas são sempre as mesmas histórias. As mudanças só são notadas em matéria de usos e costumes, como o tipo de traje e locais.

Por quê contar histórias na rádio?

Já agora respondendo esta pergunta, eu acho que nós, os contadores de histórias, já nascemos com esse dom de querer partilhar tudo de bom com os outros.

No meu caso em concreto: Ao ler um bom livro, sinto uma ânsia em propagá-lo, em mostrar para todos o quanto aquilo é interessante, o quanto pode nos fazer aprender, a sorrir e a reflectir. É mais ou menos isso que me move.

Na verdade contar história me dá possibilidade de criar as minhas próprias histórias, de crescer como homem, ver rostos dos que sofrem, distinguir entre seres humanos transparentes e dos verdadeiros.

Hoje quando saio a rua encontro com as pessoas, que me reconhecem simplesmente pela voz, pessoas que me tratam com muito respeito e consideração. É claro que tenho noção da dimensão do trabalho que estou a fazer na rádio e sei também, que muitas pessoas estariam dispostas a terem essa oportunidade, de estar no meu lugar, sei também que nada disso me aconteceria se não tivesse partilhado com os outros tudo que tenho aprendido.

Falando em partilhar chego a conclusão que devo publicar um livro de contos e lendas, que de alguns anos a esta parte, fui fazendo recolhas e seleção (Crioulo e em Português). Há tempos, falei nelas ao Director da Rádio Sol Mansi, Padre Alberto Zamberletti, que me aconselhou a seguir em frente com a iniciativa, de publicar um livro. Mas devido aos altos custos que em regra isso acarreta, não sei. Tenho fé que vai aparecer uma luz verde no fundo do túnel. Antes disso gostaria de saber qual é a tua idéia?
Armando Mussa Sani

Nota do Editor
Caríssimo Mussa, a minha idéia é mandares quanto antes (é para ontem, como gostava de gozar) o manuscrito e faz-se já a Edição do livro aqui no Brasil. Como sabes, tive oportunidade de trabalhar na Editora Thesaurus, logo que cheguei à Brasília. Mantenho uma relação excepcional com o magnânime Comendador Victor Alegria, dono e criador da Editora que tem uma excelente filosofia, editar apenas e só livros “Cult” e, poderei contar ainda com a grande equipa de trabalho que editou “Palavras Suspensas” do nosso irmão amigo e camarada Francisco Conduto (Fidju di Terra) em 2011.

Por tudo isto, e mais, reconheci cedo esse talento que transborda em ti, o de seres um exímio contador de estórias. Caro amigo, os dois sabemos bem que todo o escritor é apenas e só, um bom contador de estórias. Aguardo os escritos, AVANÇA e, esteja firme contando com todo o meu apoio!!!

Aquele abraço irmão!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário