quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Ruídos vazios...

O cargo do Procurador-Geral da República (PGR), e ainda mais o do Presidente da República, exigem dos seus titulares uma prática e moralidade absolutamente irreprovável, e em cima de quaisquer suspeitas. 

Os ruídos vazios de conteúdo do José Mário Vaz são pura areia para os olhos (e sem dúvida também para os ouvidos e os cérebros) dos menos atentos. Porque antes de tudo ele José Mário Vaz é o primeiro indiciado da nação, não apenas o primeiro magistrado da nação. José Mário Vaz é o primeiro Presidente da República que está a exercer a função na qualidade de indiciado por crimes de corrupção. 

O JOMAV hoje fala em despesas não tituladas e extra-orçamentais., convido a ANP e PGR à irem ao Ministério das Finanças averiguar, vão descobrir que era prática de dia-a-dia do homem quando era ministro, razão pela qual não existe nenhum registro do que foi feito com o dinheiro de Angola. 

Por isso, no seguimento dos argumentos sucessivos do presidente José Mário Vaz a favor da luta contra a corrupção e outras supostas práticas duvidosas, torna-se imperativo que:

1) Que o Parlamento convoque o novo PGR António Sedja Man para que ele venha se explicar à frente da representação popular sobre as suspeitas de desvios de fundos que pendem sobre ele, nomeadamente aquando da passagem do mesmo, no Ministério do Interior, no tempo de Koumba Ialá e também aquando da sua passagem na Comissão Nacional das Eleições (CNE). Para além dessas explicações, o novo PGR deve dizer claramente quando e como vai mandar investigar a sua própria pessoa sobre estes factos e se necessário ser indiciado. 

2) Por uma questão de moralidade pública, José Mário Vaz deve obrigatoriamente ser coerente com ele mesmo, depois de tantos e contínuos ruídos da sua parte contra a corrupção. Isto significa que, para ser minimamente credível, José Mário Vaz devia pôr de imediato o seu lugar à disposição e ir enfrentar a justiça do seu país no principal caso de corrupção que pende sobre a sua pessoa, ou seja o desvio dos 12 milhões de dólares.

Só e somente se for ilibado no seu julgamento, é que o presidente JOMAV devia poder recuperar o seu lugar de presidente. O parlamento deve absolutamente votar uma moção na qual convidaria o presidente a proceder desta maneira, para o bem da moralidade pública no país e em conformidade com as constantes declarações e exigências públicas do próprio. 

3) Por fim, a mesma exigência se impõe ao novo PGR António Sedja Man. Para o bem não só da sua honra, mas também da moralidade pública nacional, tal que manifestados pelo Presidente que o nomeou, aceitará o novo PGR, solenemente e em frente dos representantes do povo e da nação, pôr temporariamente o seu cargo à disposição até que todas as suspeitas pendentes sobre a sua pessoa sejam clarificadas por um inquérito rigoroso e imparcial?

Fonte: Terra Ranka

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