Verso
de Fernando Pessoa “ há uma estrada andando sobre nós”
Surgiu mais uma
questão a ser analisada na intrincada e cada vez mais truncada, proposta, de
governação na Guiné. O continuísmo manifesta-se de forma escandalosa no regime
vigente, e não enganam ninguém, pois estão utilizando, precisamente, métodos e
técnicas de MANDAR, à moda antiga.
Houve ou não(?) uma chamada
telefónica (telemóvel) um pouco depois das 23 horas do dia 25 de agosto, onde
do outro lado da linha, voz adulterada, ameaçou, intimidou e insultou o
jornalista Waldir Araújo, despejando palavrões de todo o tipo?
Afirmativo, HOUVE!!!
A trama engrossou e
em ato contínuo, houve encenação e brincadeiras de mau gosto, ou não?
Uma imagem, vale mil
palavras!!!
Quem foi o autor
moral e material das ameaças e intimidações?
É a questão do
memomento!!!
Que tipo de regime é
avesso a liberdade de pensamento, opinião e expressão e tem práticas e táticas desta
natureza?
Ditadura!!!
Atualmente na Guiné,
existem, sinais fortes ou dificuldades em lidar com a liberdade dos jornalistas,
ou não?
O governo de um PM e
dois DGs, mostrou antipatia com jornalistas convictos, logo à abrir, ao ponto
da primeira medida atabalhoada foi, mudar os diretores-gerais dos dois órgãos de
comunicação do Estado, indigitando, coordenadores.
Sem antes, mandar
chamar para casa do atual premier, tanto o ex-DG da RDN o
jornalista Muniro Conté, como a jornalista Paula Melo da TGB, numa noite, fora
da hora normal de serviço, para a vã tentativa de alinha-los e “imprimir novas
orientações”.
Aconteceu que, recusaram,
pelo simples fato de ambos serem jornalistas sérios, tanto assim que “não se
adequaram as orientações emitidas” chegando ao ponto de serem afastados das
suas funções.
Qual é a instituição
que, até hoje, não deu uma única entrevista de fundo ou grande entrevista, e
nem fez o ”balanço” do primeiro ano das funções, tanto na imprensa nacional,
como na internacional?
Presidência da República!!!
Quem tomou ultimamente,
um caminho diferente na forma de lidar com os jornalistas, tem pavor dos
telemóveis, não apresenta uma estratégia de comunicação clara e, adora emitir
notas de imprensa desconexas com a realidade?
O
conselheiro-porta-voz…
Estamos mergulhando
lentamente num regime ditatorial disfarçado de democracia, e as intimidações feitas
ao amigo, irmão e companheiro Waldir Araújo põe à nu a utilização da teoria do
MEDO para esse fim.
Mas garanto aos
leitores que, este episódio não beliscou o jeito destemido, desprendido e determinado
do jornalista, dando sinais que não vai parar de fazer BEM, o seu trabalho.
Por isso, não são
poucas as razões para tornar público e denunciar esta prática, pois cada dia
que passa, os profissionais da comunicação social guineense, vão sentindo o amargo
do veneno de um regime que demonstra cada vez mais, que não saber lidar
com a LIBERDADE.
Como disse
pessoalmente ao amigo e companheiro Waldir, um jornalista nunca deve ser
NOTÍCIA…e ambos chegamos a conclusão de que tudo isto, não passa de um fait-diver.
Na
minha humilde opinião, tentaram tirar o foco na reflexão, sobre o excelente
debate na TGB, realizada na mesma noite das ameaças, onde em direto se viu, um pseudo-constitucionalista
sendo trucidado, tecnicamente e intelectualmente por dois excelentes advogados.
Aniquilaram completamente a tese de que existe uma ponta de constitucionalidade
nos decretos presidências. Esmiuçaram sobre à forma e matéria ausente, nas “substâncias”
invocadas tanto no DECRETO da demissão do governo legítimo, como àquele, que
escolhe e nomeia isoladamente o PM ilegítimo.
Absolutistas
de uma figa!!!
Ah,
e disse ainda ao amigo, irmão e companheiro…bem-vindo ao clube!!!
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