Em que
estou a pensar?
Na
“insuportável massa salarial dos funcionários públicos”
No pedido
de “reformas urgentes" ao “primeiro-ministro"(!)
Na
necessidade de “pôr os guineenses a trabalhar mais”.
E porque o
país "não tem condições de continuar a suportar" tal massa salarial...
Eis
alguns exemplos que poderiam servir de inspiração aquando da nomeação do
“governo” com TRINTA E SETE MEMBROS, a 12/12/2016:
1) CABO
VERDE, país irmão: DOZE Ministros (incluindo o PM), sem Secretários de
Estado – “governo pequeno, … produtivo, com uma atitude de parceiro com as organizações
da sociedade civil e com as empresas. A reduzida dimensão permite uma forte coordenação
política e uma boa integração das politicas. Para executar politicas de
governacao e para produzir resultados.”
Palavras
de um PM com experiência i) no sector bancário (Administração do Banco de Cabo
Verde); ii) nas Finanças (Sec. de Estado e Ministro); iii) como Parlamentar;
iv) Professor universitário; v) Presidente de Câmara
2) COSTA
DE MARFIM, com uma população de mais
de 26 milhões, VINTE E OITO Ministros, UM Sec. Estado
3) RWANDA,
com uma população de 11 milhões, DEZOITO Ministros, NOVE Sec. Estado
4) ESPANHA,
com uma superfície de 504 030 Km2, décima segunda maior economia do mundo em
PIB, a quinta maior na União Europeia, a quarta maior da Zona Euro, o terceiro
maior investidor do mundo: tem TREZE MINISTROS e como medida
de exemplo, o salario dos membros do Governo será reduzido em 15%
Também
estou a pensar na necessidade de “promover reformas na Função Pública em
2017” e vem-me ao espírito a última fornada de nomeações … Técnicos de reputação
em áreas especificas substituídos por “critérios” inexplicáveis; Presidentes de
CA’s, Vogais…"Conselheiros" para inglês ver...
Como serão
remunerados ???? Senhas de presença nas reuniões (anuais?)? Ou salários
mensais?
Será que
se implantou, definitivamente, na nossa Pátria, a ausência de uma cultura de
exigência e inovação?
Até quando
este ataque feroz à competência, ao mérito, ao percurso?
A nossa Guiné-Bissau merece um Governo
dimensionado para as suas necessidades e seus recursos…
Será que
se implantou, definitivamente, na nossa Pátria, a ausência de uma cultura de
exigência e inovação?
Até quando
este ataque feroz à competência, ao mérito, ao verdadeiro percurso profissional
? A nossa Guiné-Bissau merece um Governo dimensionado para as suas necessidades
e os seus recursos… Reflitamos.
Por: Sao Cardoso
Nota do Editor
Uma
abordagem excelente da São Cardoso, que não podia ler sem querer partilhar com
os leitores deste Blog. Mas digo mais:
O neopopulismo
faz o Jomavismo simular bondade , ocultando as suas terríveis intenções. Sempre
coberto por um manto de altruísmo, o todo poderoso presidente está constantemente
com uma mão na ferradura e outra no cravo. Ou seja, o grande defensor da
reforma na função pública é o mesmo que, deu posse, ao maior governo da estória
da democracia guineense.
O serviço
público da Guiné está “entupido” ( disse o PR José Mario Vaz à 20 de janeiro)
mesmo sabendo isso, criou-se Secretarias de Estado fictícios, que até hoje os
cidadãos não sabem onde funcionam e o que fazem de produtivo. Essa, que é
essa!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário