domingo, 29 de janeiro de 2017

QUO VADIS, GUINE-BISSAU?

Em que estou a pensar?

Na “insuportável massa salarial dos funcionários públicos”

No pedido de “reformas urgentes" ao “primeiro-ministro"(!)

Na necessidade de “pôr os guineenses a trabalhar mais”.

E porque o país "não tem condições de continuar a suportar" tal massa salarial...

Eis alguns exemplos que poderiam servir de inspiração aquando da nomeação do “governo” com TRINTA E SETE MEMBROS, a 12/12/2016:

1) CABO VERDE, país irmão: DOZE Ministros (incluindo o PM), sem Secretários de Estado – “governo pequeno, … produtivo, com uma atitude de parceiro com as organizações da sociedade civil e com as empresas. A reduzida dimensão permite uma forte coordenação política e uma boa integração das politicas. Para executar politicas de governacao e para produzir resultados.”
Palavras de um PM com experiência i) no sector bancário (Administração do Banco de Cabo Verde); ii) nas Finanças (Sec. de Estado e Ministro); iii) como Parlamentar; iv) Professor universitário; v) Presidente de Câmara

2) COSTA DE MARFIM, com uma população de mais de 26 milhões, VINTE E OITO Ministros, UM Sec. Estado

3) RWANDA, com uma população de 11 milhões, DEZOITO Ministros, NOVE Sec. Estado

4) ESPANHA, com uma superfície de 504 030 Km2, décima segunda maior economia do mundo em PIB, a quinta maior na União Europeia, a quarta maior da Zona Euro, o terceiro maior investidor do mundo: tem TREZE MINISTROS e como medida de exemplo, o salario dos membros do Governo será reduzido em 15%

Também estou a pensar na necessidade de “promover reformas na Função Pública em 2017” e vem-me ao espírito a última fornada de nomeações … Técnicos de reputação em áreas especificas substituídos por “critérios” inexplicáveis; Presidentes de CA’s, Vogais…"Conselheiros" para inglês ver...

Como serão remunerados ???? Senhas de presença nas reuniões (anuais?)? Ou salários mensais?

Será que se implantou, definitivamente, na nossa Pátria, a ausência de uma cultura de exigência e inovação?

Até quando este ataque feroz à competência, ao mérito, ao percurso?

 A nossa Guiné-Bissau merece um Governo dimensionado para as suas necessidades e seus recursos…

Será que se implantou, definitivamente, na nossa Pátria, a ausência de uma cultura de exigência e inovação?

Até quando este ataque feroz à competência, ao mérito, ao verdadeiro percurso profissional ? A nossa Guiné-Bissau merece um Governo dimensionado para as suas necessidades e os seus recursos… Reflitamos.
Nota do Editor

Uma abordagem excelente da São Cardoso, que não podia ler sem querer partilhar com os leitores deste Blog. Mas digo mais:

O neopopulismo faz o Jomavismo simular bondade , ocultando as suas terríveis intenções. Sempre coberto por um manto de altruísmo, o todo poderoso presidente está constantemente com uma mão na ferradura e outra no cravo. Ou seja, o grande defensor da reforma na função pública é o mesmo que, deu posse, ao maior governo da estória da democracia guineense.

O serviço público da Guiné está “entupido” ( disse o PR José Mario Vaz à 20 de janeiro) mesmo sabendo isso, criou-se Secretarias de Estado fictícios, que até hoje os cidadãos não sabem onde funcionam e o que fazem de produtivo. Essa, que é essa!!!

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