Nota-se de longe, que
os conspiradores do golpe que derrubou mais uma vez um governo do partido PAIGC
(vencedor, das eleições gerais de 2014), movidos apenas e só pela ambição do
poder, não se prepararam minimamente! O que leva neste momento a maior parte
dos guineenses concluírem que, em nenhum momento se pensou num “plano
estratégico” para assumir as rédeas do país e, como consequência, vive-se o “braço-de-ferro”
entre as instituições da república tornando este impasse num fardo ou algo
fatigante no ambiente socioeconômico do país.
É cada vez maior o
número das opiniões (no espaço virtual pelo menos) convergentes a respeito da
causa desta crise pela qual vem passando a Guiné. Tais concordâncias, quanto à
natureza e à forma, nem sempre implicaram em concordâncias a respeito das medidas
que deveriam ser tomadas pelo chefe de Estado. Todos concordam que há a
necessidade de pôr cobro a CRISE e poucos acreditam que o nosso PR, ou melhor,
o nosso “garante da constituição” seja capaz de fazê-lo.
E as concordâncias(?)...Ah! as concordâncias terminam no diagnóstico da causa desta crise, sobretudo, lendo os artigos de vários notáveis formadores de opiniões guineenses que, finalmente, caíram na real, diriam os meus manos brazukas.
Notou-se também de
longe que ele (entenda-se PR) seria o grande articulador e símbolo do golpe,
aglutinando em torno de si o pior da política e da sociedade guineense. Explora-se
a idéia de que esta crise é resultado de compromissos político-econômicos
assumidos à posteriori pelo “primeiro magistrado” contrariando assim os
princípios e compromissos assumidos antes da sua ascensão ao poder. O que levou o partido PAIGC que o fez chegar ao poder imprimir uma determinada dinâmica desfavorável aos acordos
implícitos que foram sendo sempre violados pelo timoneiro. E tudo indica que
este último acordo, o de Conakry, também não vai ser respeitado.
Ninguém pode prever
as consequências dessa grave crise institucional se o bom senso não prevalecer
e os responsáveis pelo comando dos poderes não buscarem um entendimento. Os
interesses maiores da Nação devem estar acima do corporativismo ou dos
interesses de grupos como os 15 ou 14 como quiserem chamar.
Para que esta grave
CRISE seja superada e a relação entre as instituições sejam restauradas em sua
normalidade democrática, é fundamental que, se trave a cultura dos "lambe botas" (di
bari padja), servilismo e bajulamento que quer dominar o meio político
guineense! Fez-se do JOMAV o superego da Nação! É extremamente aceitável que hoje
haja a personalização ou pessoalização da crise, atribuindo a ele o elemento desestabilizador.
Não foi por um acaso que Carlos Lopes considerado
como o maior intelectual guineense vivo, alertou ainda esta semana nas antenas
da RFI que "um dos problemas
principais da Guiné-Bissau é o excesso de pessoalização da vida política" e
vai mais longe dizendo que o país "está
a sofrer estruturalmente de um problema de liderança profundo".
E agora aparece hoje, uma
das maiores organizações da sociedade civil guineense a Liga Guineense dos
Direitos Humanos (LGDH) apontando o culpado da tragédia guineense, é ele mesmo, o PR JOMAV.
E claro que apetece
perguntar ao PR JOMAV se é possível ou não, pôr de lado as suas diferenças
pessoais e buscar com equilíbrio e serenidade, uma solução que atenda aos
interesses da Nação guineense?
Se a resposta for o retundo NÃO, então demita-se e convoque eleições antecipadas!!!
Fui, que já faz tarde por estas bandas!
Se a resposta for o retundo NÃO, então demita-se e convoque eleições antecipadas!!!
Fui, que já faz tarde por estas bandas!
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