domingo, 2 de julho de 2017

Sempre há uma primeira vez...


Pela primeira vez, escutei nas rádios e vi na televisão da Guiné, o PM Umaro Sissoko, “falando” com timbre e tom de um sujeito que parece ter noção do que é ser chefe de executivo de um país, NORMAL. 

Não respondeu aos BLOGS, não insultou ninguém (apenas escapou-lhe a palavra “GAJO da FARC”), não baixou tanto o nível, em certa medida não foi insolente, resumindo, falou roçando a figura pública. Sempre há uma primeira vez! Estou em crer que mudou-se a estratégia, bravo, reconheço e aplaudo! 

Deu-me impressão de estar a assistir ao ensaio, para um novo começo, de um indivíduo que embora desastrosamente e ilegal, mas é, “Chefe de Governo”. 

Hoje no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, escutou-se um Umaro Sissoko, falando de forma inédita, mas tardia. Fez declarações um pouco como PM, de um Estado, que se pretende DECENTE. Esta é a grande diferença que acredito, que o próprio desconhecia! Trocados em miúdos, uma coisa é o cidadão Umaro Sissoko mandar farpas, outra completamente diferente é falar como um PRIMEIRO-MINISTRO!

Explico: uma coisa é bavarder tipo “bas di pé, di mango” e outra, completamente diferente, é falar como HOMEM DE ESTADO. PONTO!

Outrossim, seja dita a verdade, o homem esteve quase 15 dias seguidos no país, sem viajar para o exterior. Reconheço e corrijo a “brevíssima” da semana passada! Esteve quase, repito QUASE, a viajar para Lomé, Togo, mas as tratativas para garantir a missão fracassaram! O PR do Togo, o ex-futuro-mediador da CRISE na Guiné, quis manter-se equidistante. 

O MNECIC, Arq. Jorge Malu encontra-se em Addis Abeba desde terça-feira da semana passada. Fez-se acompanhar nesta missão pelos recém nomeados embaixadores, Marques Vieira (Etiópia) e Henrique Silva (Nigéria).

Mas entretanto no domingo passado, aconteceu uma estória caricata. O PM fez uma deslocação ao leste do país, Gabu. Páginas tantas, teve que interromper essa flagrante visita morfologicamente “étnica”, por causa de um suposto “BOATO”, criado precisamente pelos serviços de informação do governo. E rapidamente, reuniu-se um suposto “gabinete de crise” para gerir “crise” nenhuma! Isto porque, o mesmo PM desmentiu a “informação” que o fez interromper a deslocação a região de Gabu. 

Segundo ele, deu conta que o Barco IVº Centenário (cujo capitão participou na reunião) não estava e nunca esteve em perigo de naufragar! Confuso? A notícia em si, foi muito confusa, ao ponto de também não perceber mais nada, que não fosse a palavra, BOATO e dado conta do (dês)serviço!  

“Vou para uma reunião ‘estatutária’ da União Africana” disse Umaro Sissoko aos jornalistas, no briefing habitual antes das deslocações ao exterior, “como sabem, em janeiro houve a primeira cimeira, esta é a segunda que se organiza no ano…a questão da Juventude, será um dos temas centrais, pela importância da Juventude numa sociedade…e faço confiança aos jovens guineenses a pensarem nisso… 

(fez uma dissertação sobre jovens revolucionários africanos citou alguns nomes, mas, por ser um raciocínio tão desconexo não iremos aborda-lo) continuou…"Como tenho dito nós seguirmos o projeto ‘mon na lama’ onde a primeira opção é a Agricultura e a segunda opção é…é...logo se vê…haverá também uma cimeira à margem da CEDEAO onde se vai escolher o próximo Secretário da Comissão e vão ser reduzidos os comissários que eram 15 agora passam a ser 9” carimbou!

Na verdade, a 29ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), e decorrerá entre os dias 3 e 4 de Julho, em Addis Abeba (Etiópia).

Segundo os comunicados da referida organização internacional, os trabalhos abordarão vários assuntos, nomeadamente: SEGURANÇA  e paz em África, os esforços para a reforma institucional da UA, a posição de África a respeito da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o desenvolvimento, o comércio e a integração económica africana.

Figuram também neste leque de verdadeiros temas da CIMEIRA a controversa criação da zona de livre comércio continental, a emigração e a circulação das pessoas, o tráfico dos passaportes, a luta contra o terrorismo, o tráfico de pessoas, a situação na Líbia e na Palestina. E, como é lógico, a Guiné-Bissau terá também uma certa menção nos debates e nas resoluções finais

Nô bai!           

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