Cheguei em Lisboa na madrugada do dia 16 de Julho (domingo). No dia anterior
sábado, como viram pelas minhas publicações na rede social (facebook), não pude
estar na sede da Casa dos Direitos, onde sabia de antemão que estavam reagrupados
os membros do Movimento dos Cidadãos Conscientes e inconformados (MCCI). Sem
entrar no mérito da minha ausência, para retratar mais um ato heróico do MCCI,
o que posso dizer é que a publicação, de que não estava com eles foi uma moeda
de troca, para a minha preservação física e de muitos outros que estão visados.
Ontem, como habitualmente faço quando estou em Lisboa, fui cortar cabelo e tirar a barba de “guerrilha” na barbearia do meu amigo, irmão e camarada Wie Mané (Zico para os amigos). Fato que também publiquei na rede social. Páginas tantas, aproveitei para almoçar no restaurante que fica no subsolo do Centro Comercial Stromp, onde se come bem e barato pratos da nossa Guiné. Conversa puxa conversa, com os clientes que se encontravam nas mesas ao lado, soube do encontro marcado pela Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, com a comunidade guineense, em que o prato forte seria a conversa com o PM Umaro Sissoko Embaló. A primeira questão que me saltou à vista foi: porquê marcar um encontro numa segunda-feira(?), sabendo que a maior parte dos elementos da comunidade trabalham nesse dia.
Ontem, como habitualmente faço quando estou em Lisboa, fui cortar cabelo e tirar a barba de “guerrilha” na barbearia do meu amigo, irmão e camarada Wie Mané (Zico para os amigos). Fato que também publiquei na rede social. Páginas tantas, aproveitei para almoçar no restaurante que fica no subsolo do Centro Comercial Stromp, onde se come bem e barato pratos da nossa Guiné. Conversa puxa conversa, com os clientes que se encontravam nas mesas ao lado, soube do encontro marcado pela Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, com a comunidade guineense, em que o prato forte seria a conversa com o PM Umaro Sissoko Embaló. A primeira questão que me saltou à vista foi: porquê marcar um encontro numa segunda-feira(?), sabendo que a maior parte dos elementos da comunidade trabalham nesse dia.
Por espanto meu, quando cheguei ao Altis Grande Hotel de Lisboa, estavam no
salão Roma, mais de cem pessoas. O espaço no início, como mencionei no facebook
estava cheia pela metade. Depois vieram mais pessoas, suponho depois de terem saído
dos respetivos empregos no final da tarde. Para um encontro que estava marcado
para 17 horas, com os atrasos habituais, acabou por começar às 18h 30m, da tarde.
Resumindo, foi um encontro mais de salamaleques do que outra coisa, algum
djidiudandi e muita conversa jogado fora. As intervenções tanto do Embaixador Hélder
Vaz, como do Secretário de Estado das Comunidades Dino Seidi foram muito
breves, sem abordarem questões de fundo. Antes de passarem à palavra, aos
membros da comunidade, presentes no evento, tomou palavra, o PM Umaro Sissoko.
Sem querer entrar em muitos pormenores, o discurso do "governante" guineense, demorou cerca de 40 minutos. Falou de quase tudo! Começou com a questão da RTP/RDP, abordou a sua relação com o PR Jomav, a sua nomeação para o cargo de PM, o Acordo de Conakry e os acordos de Pesca com a EU, etc, etc…
Sem querer entrar em muitos pormenores, o discurso do "governante" guineense, demorou cerca de 40 minutos. Falou de quase tudo! Começou com a questão da RTP/RDP, abordou a sua relação com o PR Jomav, a sua nomeação para o cargo de PM, o Acordo de Conakry e os acordos de Pesca com a EU, etc, etc…
Mas antes de passar à palavra, a comunidade guineense radicada em Portugal, o próprio sublinhou em crioulo (língua NACIONAL, utilizada no encontro) “Sta li suma
primeiro-ministro, ma ami tambi i jovem di Pilum, kin ku bin, ku falta di
rispitu, i na otchan li…”. Palavras, que originaram um certo burburinho na sala.
Verdade seja dita, foi muita “passada” e de conteúdo, tinha muito pouco, ou quase NADA. Em
termos substâncias o discurso do PM El Moktar, pecou, por falta de objetividade,
nenhuma menção as questões estruturantes e ainda, notou-se uma falta de visão
clara sobre os destinos do país. Essa é a grande VERDADE. Improvisando, foi
falando como se de DJUMBAI, trata-se.
Já no final do encontro, chega junto a mim, o chefe de segurança do mesmo,
que me segredou, a vontade do PM Sissoko, de conversar comigo à sós. Aceitei, com a
naturalidade que, me caracteriza e, a constante abertura para o diálogo com todo e qualquer GUINEENSE. Depois
do aglomerado, a volta dele, logo após o termino do "encontro" com a comunidade, numa determinada altura, em que já se encontravam, no
elevador do Hotel, com toda a entourage, o próprio Umaro Sissoko, manda parar todos! Chama-me, como "brother" que somos, para entrar e subir para o quarto, para conversarmos, como tinha
proposto.
Bem, sobre o teor da nossa conversa propriamente dita, prometi máxima
confidencialidade, mas o que posso dizer é que foi um reencontro de velhos
amigos e irmãos, em que ficou patente que, deve haver uma verdadeira
reconciliação entre o regime atual e a IMPRENSA, no qual me incluo!
Termino com esta reflexão publicado no ano passado, do Leonardo
Boff
"O país, sob qualquer ângulo que o
considerarmos, é contaminado por uma espantosa falta de ética. O bem é só bom
quando é um bem para mim e para os outros; não é um valor buscado e vivido por
si mesmo; mas o que predomina é a esperteza, o dar-se bem, o ser espertinho, o
jeitinho e a lei de Gerson"
Nô bai!
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