Exportadores de cajú gritam "SOCORRO"...

Associação Nacional dos Importadores e Exportadores (ANIE) fez hoje uma denúncia gravíssima contra o ministro do Comércio Victor (Nado) Mandinga de perseguir e trapacear os operadores da Castanha de Cajú…

Numa conferência de imprensa que decorreu esta manhã no Hotel Ancar em Bissau, Mamadu Iero Djamanca presidente da ANIE quebra o silêncio e mostra o despacho do Tribunal Regional de Bissau – Vara Cível, que manda suspender imediatamente o Circular nº 03/2017/GMCP, de 21 de abril do ministério do comércio.

“É um crime premeditado o que se está a fazer aos operadores da Castanha de Cajú e aos EXPORTADORES em especial…” vaticinou Djamanca.

“...sem entrar em vigor uma Lei, o que o ministro Victor (Nado) Mandinga estava a fazer chama-se CRIME…espero que, com este despacho do Tribunal se possa chamar a ele e o cartel ou grupinho por ele criado para responder perante a JUSTIÇA…" sublinhou

"Até agora só ele o ministro, o Nelito Gomes (empresa Gomes & Gomes) o próprio Braima Camará (empresa Malaika) foram os únicos beneficiados deste esquema e só eles exportaram até então…” 

E, disse mais “…quem colocou o Nado como ministro do Comércio será responsabilizado criminalmente pelo que está fazer…temos que combater a cultura do MEDO que se instalou…falsos inspetores do comércio estão a aterrorizar e a perseguir os operadores…"

Mamadu Iero Djamanca também falou em números carimbando “sem fazer NADA dois órgãos do Estado Agência Nacional de Cajú (ANCA) que é uma agência meramente consultivo e o Conselho Nacional Carregadores (CNC) que não tem carregador nenhum vão ganhar milhões de Francos CFA…Criaram um novo “FUNPI” para sacar ou mesmo tirar dinheiro as pessoas…"

Depois fez as contas "para exportar este ano os operadores têm que pagar: 5 milhões de francos CFA numa licença que custava ainda no ano passado 750 mil francos, houve um aumento de 666%...criaram um imposto novo, tipo Imposto sobre Rendimento Coletivo (IRC) onde o exportador tem que pagar 7 milhões e meio de francos CFA tributação que não existia…e vai-se custear, 3 francos em cada quilo exportado que deve ir parar à ANCA que arrecadará cerca de 650 milhões de francos CFA (1 milhão de EURO) e 2 francos em cada quilo para CNC que arrecadará cerca de 400 milhões de francos CFA…digam-me, isso não é ROUBO???”  

Outro ponto que preocupa os exportadores da castanha de cajú são as ameaças das sanções internacionais que pairam sobre alguns guineenses e perguntam...

Se o ministro Victor Mandinga ou o presidente Jomav estiverem na "lista" que peso terá os documentos assinados por eles no comércio internacional???  

Segue o DESPACHO