quarta-feira, 3 de maio de 2017

Bissau está um rebuliço…



Nos canais hoje bancadas, na feira pois mercado não tem mais, INFORMALIDADES diriam, nos transportes (táxis, tocas-tocas e gri-gris), nos bares e cafés, em tudo não se fala de outra coisa senão de política. Mesmo o futebol e a vida das pessoas (respeitando a trilogia do diz-que-diz do quotidiano guineense) têm ocupado tanto ESPAÇO no debate público em Bissau.

Se tivesse que fazer mais uma vez “breves & soltas” chutava este alinhamento:

1 – Falta PÃO em Bissau. Se no ano passado quando cá estive, a crise que se fazia sentir era da cebola, por estes dias o pão tem sido o produto mais procurado e em certos bairros da capital está mesmo escasso! Sabe-se que um saco de 50Kg da farinha de trigo custa hoje 30 mil Francos(CFA), conta-se também que os disponíveis no mercado estão em maus estado por isso as padarias e pastelarias (panificadoras no Brasil) reduziram a produção. Portanto, a carência de PÃO é o notável neste momento na Guiné, para mim claro! Ainda na sequência de produtos de consumo destaca-se o aumento do preço do ARROZ, onde um saco de 50Kg passou de 16 mil Francos (CFA) para 18 mil Francos(CFA) e o óleo de cozinha tornou-se de novo água no deserto em Bissau como acontecia há 30 anos atrás. O vidão (bidon) de 5 litros desapareceu! "Minou" diria um amigo!!!

2 – Apercebe-se que não correu bem o périplo do PR Jomav, sinal evidente foi o cancelamento à última hora da paragem obrigatória em Conakry, conforme anunciado antes de deixar Bissau. Na primeira pessoa do singular, o Chefe de Estado disse que esteve em Congo Brazaville, Libéria, Costa do Marfim e como os jornalistas não tiveram DIREITO a PERGUNTAS, tratados mais uma vez como simples porta-microfones, ficamos sem saber o motivo do cancelamento da audiência com o Prof. Alpha Conde. A nossa malta esquece que os presidentes falam ao telefone, muitos avançam que depois do encontro com a presidenta da Libéria, apercebeu-se logo que o timoneiro guineense quer insistir no incumprimento do ACORDO! 

3 – Conta-se também em Bissau que o presidente congolês e irmão mais velho Dennis Sassa Nguesso, não aceitou a condecoração suprema da República, ou seja, a medalha Amílcar Lopes Cabral. Diz-se que recusou por achar que não fez NADA de tão relevante para a Guiné para merecer a tão elevada gratificação. Situação quase idêntica já tinha passado com a comitiva presidencial à Cuba, onde lhes foi lembrado que o malogrado presidente e Comandante Fidel, já tinha sido agraciado, com a referida insígnia. Alguns analistas falam mesmo da nova atividade profissional ou melhor, fenómeno comercial o “aferismo” dizendo estar correlacionado diretamente com as atribuições do galardão MAIOR da nação guineense. Situação que se manterá se não se tomar as devidas proveniências, pois até hoje para além do Decreto Presidencial que criou a honraria, não existe mais NADA! Nem registros das personalidades detentoras da MEDALHA, mormente, os governantes e países beneficiados. "Coisas nossas..." diria o outro!!!

4 – Afinal, o Macky Sall veio ou não veio??? Pronto!!! Nunca por opção própria quis sentar na FILA DA FRENTE, sempre fui obrigado a faze-lo…pelas circunstâncias!!!
Percebeu agora car@ amig@l...
Fui...                       

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