segunda-feira, 17 de abril de 2017

O PECADO DA INDIFERENÇA

“O mais preocupante não é o barulho dos corruptos, mas sim, o silêncio dos justos” M. Luther King.
Esta expressão se aplica em relação aos nossos compatriotas e ativistas de outras paragens que ficaram silenciosos perante o que está a acontecer neste momento.
Podemos resumir isso tudo numa coisa, estamos perante um Estado feito refém em que muitas pessoas para além de não estarem a fazer nada incentivam as práticas que estão a ser verificadas com a velha estratégia de distribuir a culpa pela aldeia.
Quando ouvimos alguém a dizer que os espancamentos não começaram agora, todos os políticos não servem, ou como as pessoas estão atrás dos ativistas que fazem denuncias de situações em que estamos, reconhecemos facilmente o sentimento de conformismo com que está a passar.
Notamos isso nas formas de gostar ou comentar, nas indiferenças perante atrocidades e abusos de autoridade.
Mas o apelo que fazemos não é para as pessoas insensíveis a injustiça, porque os sentimentos de luta, de determinação fazem parte do caráter das pessoas e é difícil de mudar, por isso, os que têm conhecimento da evolução da humanidade, das lutas travadas para acabar com a injustiça, compreendem que nenhum ato é pouco para acabar com a injustiça. 


Os que entendem que as suas lutas são justas, não devem temer, mesmo que as pessoas que estão a defender não tenham consciência de que estas lutas que estão a ser empreendidas são para o bem comum.


Sabemos que as pessoas que ligam para insultar, que vão na calada da noite para tentar assassinar, os que levam cartas de ameaças para deixar nas estações das rádios ou escritórios, os que fazem comentários injuriosos nas redes sociais, ou não têm consciência do que estão a fazer ou não acreditam que podem viver numa sociedade melhor do que esta que temos.
Quem entende que a luta que está ser feita para impedir a implantação de uma ditadura não esclarecida, um regime de tensão permanente, de tribalismo como argumento de convencer, de “bari padja”, deve levantar, deve apoiar, deve, dizer ao amigo ao lado de que o que está a fazer não está bem.
Temos a certeza de que um dia todos reconhecerão de que valeu a pena e mesmo os que tornaram-se cúmplices desta situação, vão ficar libertos e poderão exercer livremente os seus direitos.
 

2 comentários:

  1. O que me consola é o facto de saber, que no meio da multidão existem guineenses como o senhor😁😁


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  2. Atrevo-me acrescentar que cada povo tem os políticos que merece e nós por sermos o povo "sim senhor" temos os governantes que merecemos.Digo isso em consideração a indiferença da maioria dos guineenses seja na diáspora ou no país.


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