quarta-feira, 5 de abril de 2017

CNOOC assume participação maioritária na concessão Senegal/Guiné-Bissau

A Impact Oil and Gas concordou em distribuir 65% de juros para a CNOOC UK com respetivo PSC e ainda um contrato de participação na operação de extração do bloco AGC Profond na zona de EXPLORAÇÃO conjunta offshore entre o Senegal e a Guiné-Bissau.

A concessão da licença abrange 6.700 quilômetros quadrados (2.587 MI quadrado) em profundidades de água que variam de 1.400-3.700 m (4.593-12.139 ft). A sua localização é a oeste da Dome Flore e Dome Gea petróleo acumulações, e ao sul do Fan-1 e SNE-1 e 2 descobertas de petróleo offshore Senegal.

Fonte: Reuters - LONDRES
Nota do Editor 

Depois de vários anos de litígio sobre o traçado da fronteira marítima comum, a Guiné-Bissau e o Senegal chegaram a um acordo em meados dos anos 90, sob a alçada direta dos respectivos chefes de Estado, a saber: João Bernardo (Nino) Vieira e Abdou Djouf, respetivamente.

Denominado de Acordo de Cooperação e Gestão da Zona Marítima Comum, assinado pelos chefes de Estado dos dois países em 1993, também foi criada em ato contínuo, uma organização pomposa de nome Agência para a Gestão e Exploração dos Recursos Haliêuticos e Minerais, com sede em Dakar. Faltou apenas incluir na nomenclatura da agência recursos petrolíferos... 

Passaram 24 anos, hoje ao aceitar e assinar o NOVO acordo que vincula a mais recente partilha entre os dois países, incidindo na divisão 85% (Senegal) e 15%  (Guiné-Bissau) o PR Jomav oficializará mais um crime de lesa-pátria, na minha humilde opinião.

Se no passado com a divisão inicial de 80% (Senegal) e 20% (Guiné-Bissau) já se considerava estarmos perante um ACORDO ao estilo “matemática de Boé” a ratificação dela, ou seja, o novo acordo, poderá chamar-se facilmente de acordo de “mãos beijadas”.

Tratando-se de um patrimônio nacional, o guineense tem todo o DIREITO de questionar esse "desacordo" e, protestar se for necessário ou até INCONFORMAR-SE perante esta negociata tão escancarada!!!

Não é à toa que o atual presidente senegalês Macky Sall tem vindo a desempenhar um papel preponderante na questão da INSTABILIDADE da Guiné-Bissau. Ele quer sair a ganhar!

Conseguindo manietar as autoridades guineenses, nomeadamente o PR Jomav e tendo no atual primeiro-ministro um “irmão mais-novo” que já residiu na casa dele em Dakar e já fez inúmeros serviços, para ele vai ser canja!!! 

Macky Sall fará o Senegal dominar toda a exploração petrolífera da região, incluindo a parceria estratégica com a Gâmbia se não for travado. 

Fará, se o deixar-mos!!! 
(...)
O que é a CNOOC: China National Offshore Oil Corporation (chinês: 海洋石油公司 Zhōngguó hǎiyáng shíyóu zónggōngsī; curto CNOOC) é uma empresa petrolífera chinesa, empresa de economia mista, com ações na Bolsa de Valores de Hong Kong (Hong Kong Stock Exchange).

O acionista maioritário é o governo chinês, que controla 70% da corporação. É a maior empresa de exploração petrolífera offshore em alto mar da China. Cerca de 80% dos rendimentos da empresa veem da exploração petrolífera direta. A empresa assume, sem custos, 51% de qualquer projeto de exploração em alto mar realizado na China por empresas petrolíferas estrangeiras.

A CNOOC fundada em 1982, resultante do processo de reforma do setor petrolífero chinês e do fim do controle direto pelo Ministério do Petróleo. Neste processo foram criadas três companhias petrolíferas: a CNOOC, a CNPC e a Sinopec.

Inicialmente a CNOOC se especializou na prospecção marítima, ou offshore, a CNPC na produção onshore e a Sinopec na área de petroquímica, refino e derivados. Posteriormente essas barreiras foram retiradas e a China passou a contar com três semi-estatais consideradas gigantes no setor petrolífero mundial.

A CNOOC continua sendo a maior companhia chinesa na exploração de petróleo no alto mar e controla praticamente todo o setor de importação de gás liquefeito ou GNL do país, incluindo os grandes terminais de GNL instalados no litoral chinês. A empresa China Oilfield Services (COSL) é uma subsidiaria da CNOOC Limited com ações na bolsa do principal centro financeiro chinês: Hong Kong.

Em 2005 a CNOOC tentou comprar a petrolífera americana Unocal, acionista majoritária do gasoduto trans-afegão, mas esta operação foi bloqueada pelo governo dos Estados Unidos, que alegou razões de "Segurança Nacional".[1]


Fonte: Wiki

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