quinta-feira, 9 de junho de 2016

A LUTA continua...

Membros do governo demitido na Guiné-Bissau abandonaram hoje o palácio do executivo que ocupavam há 16 dias em protesto pela decisão do chefe de Estado, José Mário Vaz, de empossar um novo governo.

Segundo o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, a decisão de sair do palácio não teve contrapartidas, mas fez-se "em obediência às estratégias de luta" contra as medidas do Presidente da República.
Para Domingos Simões Pereira, a ocupação do palácio do Governo "foi uma das formas de luta" que a partir de agora será continuada nos domínios político, jurídico, social e diplomático, contra o que diz serem "tentativas de implantar a tirania e a ditadura" na Guiné-Bissau "por parte do Presidente da República".

O presidente do PAIGC, partido que sustentava o Governo demitido, refere que a forma de reivindicação das pessoas que ocuparam o palácio "deve encher de orgulho qualquer guineense amante da democracia e da liberdade", sublinhou.

Domingos Simões Pereira disse também que a saída aconteceu na sequência de apelos dos líderes religiosos do país, de organizações da sociedade civil e da comunidade internacional que disse ter agora "a bola do seu lado" para "obrigar a que se cumpra a lei" na Guiné-Bissau.

Os membros do Governo demitido saíram do palácio, no Bairro de Brá, até ao centro de Bissau, numa distância de oito quilómetros, sob fortes medidas de segurança, rodeados de dezenas de elementos armados da Guarda Nacional guineense.


Fonte: Lusa

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