Membros do governo
demitido na Guiné-Bissau abandonaram hoje o palácio do executivo que ocupavam
há 16 dias em protesto pela decisão do chefe de Estado, José Mário Vaz, de
empossar um novo governo.
Segundo o líder do
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos
Simões Pereira, a decisão de sair do palácio não teve contrapartidas, mas
fez-se "em obediência às estratégias de luta" contra as medidas do
Presidente da República.
Para Domingos Simões
Pereira, a ocupação do palácio do Governo "foi uma das formas de
luta" que a partir de agora será continuada nos domínios político,
jurídico, social e diplomático, contra o que diz serem "tentativas de
implantar a tirania e a ditadura" na Guiné-Bissau "por parte do
Presidente da República".
O presidente do
PAIGC, partido que sustentava o Governo demitido, refere que a forma de
reivindicação das pessoas que ocuparam o palácio "deve encher de orgulho
qualquer guineense amante da democracia e da liberdade", sublinhou.
Domingos Simões
Pereira disse também que a saída aconteceu na sequência de apelos dos líderes
religiosos do país, de organizações da sociedade civil e da comunidade
internacional que disse ter agora "a bola do seu lado" para
"obrigar a que se cumpra a lei" na Guiné-Bissau.
Os membros do
Governo demitido saíram do palácio, no Bairro de Brá, até ao centro de Bissau,
numa distância de oito quilómetros, sob fortes medidas de segurança, rodeados
de dezenas de elementos armados da Guarda Nacional guineense.
Fonte: Lusa
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