quinta-feira, 19 de maio de 2016

Quem não se lembra??? I

Dois protagonistas do grupo dos 15 deputados expulsos da fileira do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), disputam a cadeira do Primeiro-Ministro. Tratam-se do terceiro vice-presidente do partido libertador, Baciro Dja, com processo pendente na justiça e o deputado Soares Sambú.

A luta feroz pela liderança do futuro governo criou fragmentação no seio do grupo dos 15 deputados, como também acabou por atingir o Partido da Renovação Social (PRS) que é tido como fiel da balança na escolha do novo chefe do executivo.

A demissão do governo do Eng. Carlos Correia no passado dia 12 de Maio, deixou o país sem Governo, e intensificou movimentações para a formação de um novo elenco governamental que, de acordo com as informações apuradas, não será dirigida (quase seguramente) por uma figura indicada pelo PAIGC, a formação política vencedora das últimas eleições legislativas.

O Democrata soube que inicialmente o nome do Diretor Nacional  do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), João Aladje Mamadu Fadia terá sido apresentado da parte do Palácio da República para chefiar o futuro executivo, que segundo as informações foi prontamente aceite pela maioria dos membros da sensibilidade próxima do Palácio e por formações políticas que iriam suportar o governo.

A nossa fonte contou que o nome de João Aladje Mamadu Fadia foi rejeitado no seio do grupo dos 15 deputados expulsos da fileira dos libertadores. Contudo, a fonte avançou que o próprio Diretor Nacional  do BCEAO terá declinado o convite, sem no entanto fornecer mais detalhes sobre a recusa do bancário e antigo ministro das Finanças da Guiné-Bissau no governo dirigido por Carlos Gomes Júnior.

A mesma fonte adianta ainda que no seio do “grupo dos 15” quatro concorrentes ao posto do chefe de executivo manifestaram o interesse, mas devido às negociações internas, dois acabaram por desistir-se em detrimento de Baciro Dja e Soares Sambú. Nenhum dos dois homens parece disposto a renunciar-se.

Soares Sambú conta com o apoio da sensibilidade do então candidato derrotado no congresso de Cacheu, Braima Camará bem como de algumas personalidades influentes junto do Palácio da República. Por seu lado, o Baciro Dja avança argumento da “influência” no partido e sua flexibilidade em negociar com formações políticas que eventualmente suportarão o executivo no Parlamento.

A fonte confirma que entre os dois pretendentes ao Palácio da Zona industrial de Brá, não se sabe até a altura do fecho da edição quem realmente poderá vir a ocupar a cadeira do Primeiro-ministro, devido a devisão profunda que se regista no seio daquela sensibilidade considerada próxima do Presidente da República.

O Partido da Renovação Social, segundo o nosso interlocutor, está igualmente dividido sobre quem realmente deve apoiar. A grande parte dos dirigentes do PRS rejeitou já a ideia de o partido escolher o nome do Primeiro-ministro uma vez que não pretende assumir a liderança do processo.
Segundo a mesma fonte, os renovadores terão dado um ultimato ao grupo dos 15 no sentido de encontrar uma solução através da indigitação de um nome para a chefia do futuro governo.

Por: O DEMOCRATA

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