Dois protagonistas do grupo dos
15 deputados expulsos da fileira do Partido Africano da Independência da Guiné
e Cabo Verde (PAIGC), disputam a cadeira do Primeiro-Ministro. Tratam-se do
terceiro vice-presidente do partido libertador, Baciro Dja, com processo
pendente na justiça e o deputado Soares Sambú.
A luta feroz pela liderança do
futuro governo criou fragmentação no seio do grupo dos 15 deputados, como
também acabou por atingir o Partido da Renovação Social (PRS) que é tido como
fiel da balança na escolha do novo chefe do executivo.
A demissão do governo do Eng.
Carlos Correia no passado dia 12 de Maio, deixou o país sem Governo, e
intensificou movimentações para a formação de um novo elenco governamental que,
de acordo com as informações apuradas, não será dirigida (quase seguramente)
por uma figura indicada pelo PAIGC, a formação política vencedora das últimas
eleições legislativas.
O Democrata soube que
inicialmente o nome do Diretor Nacional do Banco Central dos Estados da
África Ocidental (BCEAO), João Aladje Mamadu Fadia terá sido apresentado da
parte do Palácio da República para chefiar o futuro executivo, que segundo as
informações foi prontamente aceite pela maioria dos membros da sensibilidade
próxima do Palácio e por formações políticas que iriam suportar o governo.
A nossa fonte contou que o nome
de João Aladje Mamadu Fadia foi rejeitado no seio do grupo dos 15 deputados
expulsos da fileira dos libertadores. Contudo, a fonte avançou que o próprio
Diretor Nacional do BCEAO terá declinado o convite, sem no entanto
fornecer mais detalhes sobre a recusa do bancário e antigo ministro das
Finanças da Guiné-Bissau no governo dirigido por Carlos Gomes Júnior.
A mesma fonte adianta ainda que
no seio do “grupo dos 15” quatro concorrentes ao posto do chefe de executivo
manifestaram o interesse, mas devido às negociações internas, dois acabaram por
desistir-se em detrimento de Baciro Dja e Soares Sambú. Nenhum dos dois homens
parece disposto a renunciar-se.
Soares Sambú conta com o apoio
da sensibilidade do então candidato derrotado no congresso de Cacheu, Braima
Camará bem como de algumas personalidades influentes junto do Palácio da
República. Por seu lado, o Baciro Dja avança argumento da “influência” no
partido e sua flexibilidade em negociar com formações políticas que
eventualmente suportarão o executivo no Parlamento.
A fonte confirma que entre os
dois pretendentes ao Palácio da Zona industrial de Brá, não se sabe até a
altura do fecho da edição quem realmente poderá vir a ocupar a cadeira do
Primeiro-ministro, devido a devisão profunda que se regista no seio daquela
sensibilidade considerada próxima do Presidente da República.
O Partido da Renovação Social,
segundo o nosso interlocutor, está igualmente dividido sobre quem realmente
deve apoiar. A grande parte dos dirigentes do PRS rejeitou já a ideia de o
partido escolher o nome do Primeiro-ministro uma vez que não pretende assumir a
liderança do processo.
Segundo a mesma fonte, os
renovadores terão dado um ultimato ao grupo dos 15 no sentido de encontrar uma
solução através da indigitação de um nome para a chefia do futuro governo.
Por: O DEMOCRATA
Por: O DEMOCRATA
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