sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

OUTRA GUERRA NA GUINÉ?

A crise em que o país está mergulhado há mais de DOIS ANOS E MEIO, pelos vistos está a criar miragem em muita gente. Surgem "profetas" pressagiando devir próximo de um holocausto. Não falam de mortos mas os subentendidos terríficos dos discursos que pronunciam, ilustram a instabilidade política e económica do país.
É inquestionável que no âmago da crise que abala o país estão em jogo interesses vários, sobretudo, pessoais, disfarçados em conteúdos políticos de defesa do povo. Aparentemente, inconciliáveis. Sem ir além, e mudando de direção, um acontecimento actual chama atenção: 

Discursos políticos que vaticinam guerra, mais uma, no país. São vaticínios que apontam alegadas desinteligências na esfera política que vão despoletar uma guerra com todas as consequências inerentes. Só que, os profetas que tiveram a visão publicitada não esclarecem estas incógnitas: 

Quem vai pegar em armas? 
Quem será a carne de canhão a sacrificar nesse panorama? 
Que benefício vai o povo ter dessa tal guerra? 
Mais e melhores escolas? 
Mais e melhores hospitais? 
Melhores estradas? 
Luz e água potável para todos? 

Repita-se: A guerra vai resolver os problemas de quem? Que tipos de problemas? Dos empresários? Políticos? Povo?


Parece que há quem deseja que a história se repita ao estilo e moldes de 7 de Junho. Por isso, estão a “caracterizar o ambiente”, a “preparar o espírito colectivo”, o povo em geral, para uma guerra violenta que pode abalar o país «i kana tarda». Será que a conjuntura é favorável a esse desiderato? 

Mas, afinal de contas, para que servem os políticos, os profissionais da política? De que vale estarem lá «com todos os direitos e regalias - em nome do povo», se são manifestamente incapazes de articular argumentos para se fazerem entender civilizadamente? 

Ou, será que estão a prestar serviços escusos a entidades escondidas com o rabo de fora?

De 2014 a esta parte, os militares têm-se mantido fora da arena política contrariando a sua propensão dos anos idos de “comandar directa e indirectamente” os destinos do país atitude que ia frontalmente contra as disposições constitucionais que dizem que «As FARP são apartidárias e os seus elementos, no activo, não podem exercer qualquer actividade política». 

Quem diz militares diz forças da segurança que a Constituição da República refere nestes termos: «As forças de segurança têm por função defender a legalidade democrática e garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos e são apartidárias, não podendo os seus elementos, no activo, exercer qualquer actividade política.»

Com bastante regozijo os cidadãos notam que não obstante as “mil e uma tentativas” ensaiadas, aqui e ali, a classe castrense mantem-se fora e, assumidamente, separada e ausente das lides políticas nacionais. Até aqui, sublinhe-se, o chefe de estado-maior general das forças armadas, General Biagué Na N’tam, conseguiu manter-se fiel ao compromisso expresso a 17 de Setembro de 2014 na cerimónia de empossamento nas novas funções: respeitar a Constituição da República e demais leis, organizar as Forças Armadas e, criar as condições para a formação dos jovens.

O que se questiona é: Em caso de guerra quem vai disparar contra quem? Porquê? 

As interrogações são muitas todas carecendo de respostas elucidativas para se poder entender.

Na guerra de 7 de Junho, o conflito gerou duas trincheiras nitidamente separadas chamadas de “Governamental” (forças do Governo) e “Junta Militar” (rebelião).

UMA DAS “VANTAGENS” DA GUERRA DE 7 DE JUNHO FOI O PAGAMENTO DE QUE MUITOS BENEFICIARAM PELO alegado "PREJUÍZO DE GUERRA SOFRIDO”. 

Foram bilhões de francos CFA pagos tanto aos que perderam bens materiais avaliados em avultadas somas, como aos indivíduos que mesmo longe do teatro da guerra (em Portugal ou algures), que não perderam absolutamente nada mas que, beneficiando de algum “djitu” conseguiram receber uma boa maquia. 

A lista existe, "não apodreceu", é longa, com nomes de gente importante, quiçá guardada para ser usada quando convier. Como gosta um político que agora é ministro de dizer Ki DJINTI STA LI, NÔ KONSI ELIS TUDU (estão aqui conhecemo-los todos)!



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