Por
vezes é necessário pôr o dedo na consciência, ter um sentido critico e, também autocrítico para promover um debate franco, construtivo cujo resultado não só
será útil para a Sociedade, como também o será para apaziguar as nossas
próprias mentes e consciências.
Pois
bem, temos o hábito quase automático de estar recorrentemente (e com razão,
diga-se de passagem), a criticar os nossos políticos; não é que me escape que
criticar os outros faz parte do eterno (in)-conformismo humano e, se o visado é
um Político, melhor ainda, isto é assim em Guiné, é assim em Senegal, é assim
em Japão, é assim em Nepal, é mesmo assim em todas as partes; universal
portanto.
PORÉM...
Suma
di nós kata djuntu ki di ninguim, no nosso caso, Guiné di Bissau Nando, um Pais
atipicamente singular, único nos seus pares, piquinino na tamanho ma garandi na
forma. Na forma di conspira, di calunia, di dana, di mara tarpaça, di desvia,
di malcria etc e etc, os politicos honram-se com ser o centro das atenções pelas
piores razões.
Contudo seria desonesto não referir que esse nobre comportamento
de quanto mais "destruidor bu sedu, mas fama bu tene djuntu di
badjudinhas", é uma pratica recorrente desde o dia 1 da independência. Ou
seja, a moda não começou e nem pegou com os JOMAVis, os DOMINGos, os BAKECUTos
e Co. Lda; tem sido assim na lendaria era dos NINos, na dinastia de KUMBA YALA,
que paralelamente foram flanqueados por Generais que eram mais políticos de que
militares, cujos nomes omito deliberadamente só para fingir que o problema tem
sido e é, apenas com esses guardiãs da Apocalipse que temos e, que respondem
por nome de Políticos.
ESTRANHO...
não!?
Alguém
ja questionou seriamente porque o desempenho de cada um destes senhores, tem
sido sistematicamente a imagem do seu antecessor e não ao contrário. Quer
dizer, no inicio dizia-se que o verdadeiro problema que a Guiné tinha, era por
estar entregue a um regime totalitário liderado por um General incompetente que
atuava de má-fé e, que fazia da sua ambição pessoal como única meta que
importava atingir.
DEPOIS...
Depois
o Inglês que não gosta de regimes totalitários, mudou aquilo para um jogo de
"faz de conta" que chamou Democracia. E ai, bastou o General que
liderava o totalitarismo mascarar de democrata, para se estalarem sonoros
aplausos e tudo continuou na mesma. Bem, tudo não. A desgraça que antes havia,
continuou, mas numa outra versão. Passou ela de desgraça a bruta para,
desgracia a la democracia. Tudo legal, nada a contestar!
Seguiu-se o mesmo rumo até 7 de Junho e ai apareceram os Kumba Yalas e outros sem fim de nomes associados a data, para depois seguirem um sem fim de acontecimentos até o ano 2014.
2014!
Era essa a data... Era esse o ano... que se apresentou como fim da maldição.
Configurava ser o começo duma nova era para, viver o eterno sonho que o
Guineense de bem sempre sonhou.
O povo tinha finalmente nomes prometedores para uma Guiné melhor, uma Guiné onde todos os bons sonhos se tornariam realidade. Mas, mas,,, Por favor, poupem-me de falar no que se seguiu, só para não ter que pronunciar aqui nomes que me engasgam.
A
PERGUNTA DO MILHÃO...
Porque
é que os políticos mesmo sendo aparentemente diferentes em muitos aspetos, são
sempre iguais?
Sempre a mesma treta, sempre a mesma desgraça, sempre os mesmos erros ou piores...
Isso
acontece por uma razão que todos sabemos, mas não queremos saber ao mesmo
tempo; ou seja, note-se que por traz de cada partido político, por traz de cada
nome e apelido, está a MENTE GUINEENSE. Sei que dói bué admiti-lo, mas no fundo
se trata disso, uma questão de MENTALIDADE.
É
chegada a hora que cada um de nós ponha corajosamente o dedo na sua própria
consciência e, tente formatar a sua mente por forma a podermos transmitir uma dinâmica
de pensamentos e ideias diferentes das nossas, as futuras gerações.
OU
ISSO, OU A ETERNA ESPERA!
Bem haja!!!
Por:
Neusa Carina Sanha
Nota do Editor
Mil
desculpas Neusa Sanha, pelo fato de não ter colocado a autoria do texto por
algumas horas ao fazer a edição ou melhor ao POSTAR!!!
Ah!
O texto despensa elogios, até porque não encontrei palavras!
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