sábado, 19 de março de 2016

GUINÉ-BISSAU -- A marca desprezada

 
Inspirado num post da Dra. Carmelita Pires
 
Quem estudou marketing sabe que o nome dum País é algo mais do que um simples nome que o identifica no conjunto de nações espalhadas por este mundo fora.

O nome dum País acaba por ser o nome da sua própria marca comercial nos mercados internacionais. No fundo, as nações são mesmo isso, produtos comerciais que, são transacionáveis em cada hora que passa, em cada minuto, em cada segundo nos mais diversos mercados (voláteis e ambulatórios) a escala planetária. 

Como do resto sabem, quando se fala de transações comerciais, os protocolos de marketing obrigam entre outras coisas, etiquetar os produtos com um nome /marca comercial para, depois atribuir um valor comercial a cada um, em função da sua qualidade (também pode ler-se utilidade). 

E, como devem calcular, os critérios protocolares para determinar a qualidade /utilidade do produto, são tão exigentes, tão restritivos que acaba por ser fatal para a nossa marca /GUINÉ BISSAU, dado que na hora de publicar a pauta, aí não nos safamos com os nossos dotes de bons pedintes e bons corruptos por forma a inverter o sentido da decisão do júri.  
Sei que dói admiti-lo, mas, o valor que os mercados atribuem a nossa marca GUINÉ-BISSAU, faz jus ao pecador, porque nós valemos exatamente aquilo que fazemos questão de valer.
 
Tratam-nos com desprezo porque nós nos apresentamos como marca desprezível perante o mundo. Como referi atrás, tive a ideia de escrever este post porque, ontem a noite li algo que me chocou (e de que maneira!), num post publicado pela dra. Carmelita Pires. Contou ela que foi participar numa reunião convocada pela UA /União Africana) na qualidade de representante de mais de QUARENTA partidos políticos sem assento parlamentar. Valha-me Deus!! 

Mais de 40 partidos sem representação parlamentar? Chamem-me de ignorante se quiserem mas, eu desconhecia essa realidade. A pergunta que faço é, e se somarmos estes aos outros com assento parlamentar dá um total de quantos?

Ainda somos aquele País de 1 milhão e pico de habitantes!? A gente precisa de tantos partidos políticos?

Não é nobre ter outra profissão na Guiné Bissau!?

Não é nobre ser simplesmente Carpinteiro, ser pedreiro, ser serralheiro, ser pintor, ser ladrilhador, ser comerciante, ser arquiteto, etc e etc?

Temos que ser todos políticos na Guiné Bissau? Para quê? Para estar ao pé dos cofres e ter acesso ao dinheiro fácil?

A Dra. Carmelita Pires que é conhecedora desta realidade, não devia estranhar que lhe dissessem da UA (União Africana) que segundo as auscultações deles (UA), estava tudo bem na Guiné Bissau; porque, o que realmente lhe tentaram sutilmente transmitir é que, sendo Guiné-Bissau um País liderado por SANTCHUS, i normal pa SANTCHUNDADI tem ...

Pois, mais a Carmelita Pires não quis entender isso e, segundo ela própria, por um "triz" não deu um murro na mesa. Ainda bem que não o fez porque, seria apenas um gesto duma avô que se ofendeu por alguém não lhe ter chamado VIRGEM.
 

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