É
verdade que a desinformação, o descuido com a veracidade e até ingenuidade faz
com que falsas informações se espalhem por aí. Mas
as mentiras tem fonte e motivações. Desvio de caráter, falsidade intelectual e
maldade são, na maioria das vezes, criadouros de mentiras que fazem muito mal
às pessoas.
Disso, infelizmente, nenhum ambiente está livre. Seja em casa, na família, no trabalho, na igreja, na escola, nas universidades e na militância política.
E
mais: pode atingir a todos, desde desconhecidos até
ex-presidentes. Agora, se o alvo for mulher, LGBT, nordestino, pobre ou preto,
fica bem mais fácil esculachar.
Por
fim, lembro duas últimas coisas que acredito, estão sintetizadas por esta
arte/imagem que acompanha o texto. A primeira, lembrar pensamento de Berthold
Brecht, "Pergunte sempre a uma ideia, a serviço de quem ela está".
Agora
transfira esse cuidado para os tempos de facebook, grupos secretos e fofocas
politizadas. Pergunte: " à serviço de quem ou do quê está a
informação?". Mais que um cuidado moral e ético, é salvaguarda jurídica,
afinal, calúnia e difamação são crimes!
A
segunda, replico abaixo o lindo e triste conto das "penas ao vento".
Se leu até aqui, te peço, vá até o fim. Leia, reflita e ajude os amigos a ter
novas posturas.
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Conta-se que, num tempo e lugar distantes daqui, um jovem levantou falso testemunho, inventando uma história repleta de meias verdades sobre uma pessoa. A fofoca se espalhou rapidamente e começou a prejudicar a essa pessoa.
Ocorre
que ao ver os danos causados, o jovem se arrependeu e procurou um velho
sacerdote para conversar e pedir orientação. O sábio o atendeu calmamente,
ouvindo cada uma de suas palavras. Ao final disse:
-
Você está realmente arrependido deste ato?
O jovem rapidamente respondeu que sim e que inclusive já havia pedido perdão à pessoa que injustamente havia acusado.
– Bem, respondeu o confessor, então peço que você faça o seguinte:
- Você vai pegar um travesseiro de penas, subir em um alto da montanha e soltar as penas ao vento.
– Só isso? Admirou-se o rapaz.
– Sim. Depois volte aqui.
No dia seguinte o jovem voltou muito satisfeito. Então o sacerdote disse:
– Agora você está preparado para cumprir a outra parte. Volte à planície e recolha todas as penas novamente no travesseiro e venha me mostrar.
O jovem olhou sem entender e disse:
- Mas isso é impossível.
- Justamente. Da mesma forma é impossível reparar a fofoca, a mentira, falso testemunho.
O jovem rapidamente respondeu que sim e que inclusive já havia pedido perdão à pessoa que injustamente havia acusado.
– Bem, respondeu o confessor, então peço que você faça o seguinte:
- Você vai pegar um travesseiro de penas, subir em um alto da montanha e soltar as penas ao vento.
– Só isso? Admirou-se o rapaz.
– Sim. Depois volte aqui.
No dia seguinte o jovem voltou muito satisfeito. Então o sacerdote disse:
– Agora você está preparado para cumprir a outra parte. Volte à planície e recolha todas as penas novamente no travesseiro e venha me mostrar.
O jovem olhou sem entender e disse:
- Mas isso é impossível.
- Justamente. Da mesma forma é impossível reparar a fofoca, a mentira, falso testemunho.
O mal que você provocou ficará pairando sempre, como penas ao vento.
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Conheci
essa história, de tantas versões e origem não confirmada, em uma reunião
partidária, há uns 15 anos atrás, dita pela minha querida professora Conceição
Oliveira. Nunca me esqueci. Em tempos de redes sociais, o risco de pessoas
comuns repetirem práticas habituais da grande mídia, mentindo e confundindo, é
muito grande.
Fica aí pra reflexão geral.
Por:
Douglas Belchior
Maravilha. Muito legal. Parabéns.
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