A intenção nem
era acompanhar a manifestação. Mas o espaço comum na esplanada dos ministérios,
junto da catedral de Brasília, acabou por ser o ponto de encontro com à manif.
Estava a sair da missa com a família, onde se celebrou o 4º domingo do Advento,
e hoje em especial é tradição na capital brasileira a cerimónia da abertura da
porta da Misericórdia.
Até aqui
tudo muito bem, não fosse a organização da manifestação aproveitar a saída dos fiéis
católicos da missa para em frente à Catedral, avançarem com a multidão proferindo
palavras injuriosas contra os católicos que aí se encontravam através dos
autofalantes em altos sons.
É público e notório
a posição assumida pela Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB) em
apoiar a presidenta Dilma, tanto assim que os ataques deferidos pelos
manifestantes não sejam de todo, descabido.
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tantas, com cerca de 10 mil pessoas acompanhando a manif dava para escutar os impropérios “A igreja
católica brasileira não pode estar com a Dilma e nem com o PT porque são
comunistas. Só padres comunistas apoiam a Dilma…” sentenciava a voz de homem que
falava ao microfone do carro do som dos manifestantes.
Engraçado, a data desta manifestação nacional convocada pelos pró-impeachment coincide com o 47º aniversário do Ato Institucional número 5 (conhecido como golpe militar AI-5), decreto emitido pelo governo militar brasileiro na altura que cassou direitos civis durante a ditadura.
Engraçado, a data desta manifestação nacional convocada pelos pró-impeachment coincide com o 47º aniversário do Ato Institucional número 5 (conhecido como golpe militar AI-5), decreto emitido pelo governo militar brasileiro na altura que cassou direitos civis durante a ditadura.
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