quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Zamora Induta continua detido em Mansoa e os advogados ameaçados em Bissau

O Tribunal Militar alega não dispor de combustível para abastecer a viatura que deverá levar o acórdão do Supremo Tribunal a Mansoa para que Zamora Induta possa ser libertado da prisão, diz o colectivo de advogados do antigo Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas.
O Supremo Tribunal de Justiça decidiu ontem a favor da libertação de Induta, mas o militar continua ainda detido nas celas do Quartel de Mansoa, a cerca de 60 quilómetros de Bissau. 

Em conferência de imprensa realizada nesta quinta-feira, a advogada Ruth Monteiro avançou que os advogados de Induta estão a ser alvo de ameaças de morte via telemóvel por indivíduos não identificados.

Acusado, entre outros crimes, de ser o cérebro de uma tentativa de contra-golpe ao golpe de Estado de março de 2012, o antigo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Zamora Induta está em prisão preventiva desde 22 de setembro passado.

Mas o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau veio pôr em causa o estado do processo na medida em que o seu acórdão defende a libertação de Induta.

O advogado do antigo líder militar, José Pedro Semedo, considera que o Supremo vem dar razão ao seu pedido de habeas corpus e que o seu cliente voltará a ser um homem livre.

Para a defesa, a decisão do STJ vem demonstrar a ilegalidade da detenção dado que os crimes pelos quais Induta é acusado deveriam ser julgados pela justiça civil e que o recurso à prisão preventiva não teve os devidos fundamentos.


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