O
Tribunal Militar alega não dispor de combustível para abastecer a viatura que
deverá levar o acórdão do Supremo Tribunal a Mansoa para que Zamora Induta
possa ser libertado da prisão, diz o colectivo de advogados do antigo Chefe de
Estado Maior General das Forças Armadas.
O
Supremo Tribunal de Justiça decidiu ontem a favor da libertação de Induta, mas
o militar continua ainda detido nas celas do Quartel
de Mansoa, a cerca de 60 quilómetros de Bissau.
Em
conferência de imprensa realizada nesta quinta-feira, a advogada Ruth Monteiro
avançou que os advogados de Induta estão a ser alvo de ameaças de morte via
telemóvel por indivíduos não identificados.
Acusado,
entre outros crimes, de ser o cérebro de uma tentativa de contra-golpe ao golpe de
Estado de março de 2012, o antigo Chefe de Estado-Maior General das Forças
Armadas Zamora Induta está em prisão preventiva desde 22 de setembro passado.
Mas
o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau veio pôr em causa o estado
do processo na medida em que o seu acórdão defende a libertação de Induta.
O
advogado do antigo líder militar, José Pedro Semedo, considera que o Supremo
vem dar razão ao seu pedido de habeas corpus e que o seu cliente voltará a ser
um homem livre.
Para
a defesa, a decisão do STJ vem demonstrar a ilegalidade da detenção dado que os
crimes pelos quais Induta é acusado deveriam ser julgados pela justiça civil e
que o recurso à prisão preventiva não teve os devidos fundamentos.
Por: Braima Darame
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