segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ainda sobre o debate do programa na ANP...


O parlamento da Guiné-Bissau adiou hoje para terça-feira a votação do Programa do Governo do primeiro-ministro Carlos Correia, após mais de dez horas de acalorados debates entre as bancadas parlamentares.

O presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, anunciou que, a pedido da bancada do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), no poder, a sessão foi esta noite suspensa para ser retomada na terça-feira, às 10:00.

Casssamá adiantou que a sessão deverá ser retomada com a votação do Programa apresentado pelo primeiro-ministro, mas que não mereceu grandes debates dos deputados, que passaram o tempo em trocas de acusações entre as bancadas.

Por diversas vezes, os deputados das bancadas do PAIGC e do PRS (Partido da Renovação Social), na oposição, saíram do hemiciclo para concertação de posições, levando a largos períodos de interrupção dos trabalhos.

A sessão ficou marcada pela primeira intervenção no parlamento do anterior primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, desde que retomou a sua posição de deputado.

Num discurso de mais de 30 minutos, decorrente do facto de ter ficado com os minutos de vários deputados do PAIGC, Simões Pereira, exortou os colegas a manterem a coerência pelo facto de terem votado, por unanimidade, o mesmo documento em junho passado, quando era primeiro-ministro.

Desafiou aqueles que o acusaram de corrupção enquanto primeiro-ministro, a provarem os factos que alegam e disse estar tranquilo à espera dos resultados de uma comissão parlamentar que investiga as denúncias de alegadas práticas ilegais cometidas pelo executivo que liderou.

Os debates decorreram, praticamente, apenas entre os deputados do PAIGC, que não esconderam divergências profundas de posicionamento, com uns a anunciarem que vão votar contra o Programa do Governo e outros a defenderem o documento.

Os deputados do PRS, salvo intervenções pontuais do seu líder parlamentar, Certorio Biote, não usaram da palavra durante os debates.

Fonte: Lusa

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