terça-feira, 3 de novembro de 2015

Como Cabralista convicto este é um grito resultante de estupefacção e desconforto...


Esta é a Praça Amílcar Cabral que supostamente é para homenagear o Chefe di Guerra Comandante Abel Djassi.

Para os que não sabem, esta Praça fica situada a entrada e saída do Aeroporto Internacional da Guiné-Bissau (Bissau). Salvo alguma falha de memória temporal, em 2009 sob a orientação do Camarada Primeiro-Ministro e Chefe do Governo de então Carlos Gomes Júnior a Estatua de Amílcar Cabral foi finalmente erguida nesta Praça. Havia um projecto para a qualificação desta Praça. ...dando-lhe a DIGNIDADE E A IMPUNENCIA que o Chefe di Guerra Comandante Abel Djassi merece. 
Passados 6 Anos ESCANDALOSAMENTE, VERGONHOSAMENTE, este espaço físico encontra-se num total estado de abandono. Os Citadinos da Urbe, têm constatado com muita tristeza e magoa ao estado de abandono e degradação em que se encontra a estátua e a Praça Amílcar Cabral. Toda a nata política guineense ao partir ou chegar, a Guiné-Bissau (Bissau), passa nesta Praça para viagens luxuosas, ou de regresso felizes por bons momentos vividos fora da Guiné-Bissau. 

E Amílcar Cabral sempre aí a olhar para eles. Oh meu Deus que despudor e ingratidão.
Aonde está à Câmara Municipal de Bissau?

Aonde esta o Maior Compositor Guineense da música moderna de intervenção. Que compondo sabiamente as letras das musicas que glorificaram as páginas mais gloriosas da nossa Luta Armada de Libertação Nacional, tornou-se numa figura Musical e Política Mítica Nacional e Internacional? 

Urge no espaço e no tempo que a estátua e esta praça Amílcar Cabral seja submetida uma intervenção profunda, requalificando-a, rendendo assim uma justa homenagem àquele que foi e será sempre o melhor filho da Guiné-Bissau e Cabo Verde. Como Cabralista convicto este é um grito resultante de estupefacção e desconforto que esta situação me causou. Não estou contra ninguém. Mas cumpramos com o nosso dever perante O Monstro Sagrado, Sol Maior da nossa Pátria Chefe di Guerra Comandante Abel Djassi.
 Por: António Mendes (Bedan Santa)

Nota do Editor
Uma pequena nota apenas para sublinhar a magnitude e o alcance desta crítica construtiva do mais-velho António Mendes que assina pelo nome de Bedan Santa. Realmente esta praça com a estátua do saudoso líder da independência da Guiné e Cabo-Verde merece maior atenção e uma requalificação que resgate o valor da pessoa em causa e dignifique a porta de entrada de Bissau. 

Em tempos escrevia um artigo em que gozava precisamente de fazer parte de um país que não tinha estátuas (para além do busto de Cabral em Pindjiquiti e da imponência da Maria da Fonte), bibliotecas e museus. Uma terra em que se optou por destruir todos os símbolos e patrimônios estóricos deixados pelos colonizadores. Só não foi abaixo a "Maria da Fonte" porque não conseguiram o feito do derrube. Somos todos de um país, onde as pessoas que lá vivem lidam, com extrema naturalidade com a degradação de tudo, mantendo um estado de espírito apático, que mete MEDO! Apetece perguntar:

Até quando tanta degradação e miséria na Guiné?         

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