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Kuper Silva –“Efeitos
Mon na Lama”
Algumas pessoas, inclusive jovens, aplaudiram a decisão do Jomav de demitir o
Governo, supostamente porque este foi humilhado e insultado pelos deputados.
Bem, são opiniões que eu respeito, mas só gostaria de saber se o orgulho do
Jomav está acima do interesse nacional, se está acima da paz, da estabilidade e
do desenvolvimento desta nossa Nação?
E o que é que o
Jomav espera para derrubar a ANP se foram os deputados que o “insultaram”?
Será que o próprio Jomav, supostamente na tentativa de salvar o seu orgulho, não menosprezou,
humilhou e desrespeitou o povo da Guiné-Bissau e a comunidade internacional com
esta decisão?
Irmãos! Não existe presidente no mundo que nunca foi insultado, de ditadores aos moderados e democratas, mesmo o Hitler, o Obama que é o Presidente do atual país mais poderoso do mundo, a Dilma, o Putin, o Kumba Yala, o Nino Vieira etc...
A Chanceler da
Alemanha, uma das personalidades mais poderosas do mundo, foi expulsa do
parlamento ainda este ano... Se acontecer com o Jomav, o mesmo que aconteceu com a Merkel,
ele vai virar o país ao avesso.
Não quero com isso
apoiar esta tendência, nunca foi a minha linha de atuação apoiar insultos (pior
ainda duma forma pública), mas o certo é que não podemos comparar o orgulho
ferido de uma pessoa, mesmo sendo PR da República, com a estabilidade e
desenvolvimento de uma Nação, principalmente nós, os jovens, com sonho num
futuro melhor.
Há uma bela frase
que diz “i mindjor Djokin murri pa
pátria salva, di ki pátria murri pa Djokin salva”, quer dizer “mais vale a
pena a pátria salvar (viver) para que o Joaquim morra em vez do Joaquim viver e
a pátria morrer”.
Sendo assim, perguntemos se vale a pena o país cair na desgraça total, na ruína, na instabilidade que possa resultar em golpe de estado, para salvar o orgulho de uma pessoa?
Sendo assim, perguntemos se vale a pena o país cair na desgraça total, na ruína, na instabilidade que possa resultar em golpe de estado, para salvar o orgulho de uma pessoa?
A nossa podre
democracia está repleto de histórias de convulsões, mas se existe uma coisa que
o guineense não soube aproveitar, é a história (desde Luís Cabral até ao Serifo
Nhamadjo são muitas historias repetidas).
Em vez de unirmo-nos
a história e salvar esta situação atual prejudicial para o país, corrigindo os
erros com lições do passado, estamos aumentando lixeiras na nossa história,
derramando a “tinta do óleo” na página do grande livro do percurso desta nossa
nobre Nação.
Que Deus abençoa a
Guiné-Bissau e a cabeça dos guineenses.
Guiné-Bissau riba di tudu cusa!
Bissau
14 de Agosto de 2015
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