domingo, 6 de dezembro de 2015

Racismo em português: como foi, como é?

Nos tempos do colonialismo português, o guineense tinha de vestir-se como um europeu para provar que tinha direito a ser cidadão. Tinha de assimilar a cultura portuguesa, abdicando da sua identidade. Durante o período colonial, na altura em que era Guiné Portuguesa, estas foram apenas algumas das imposições que marcaram a Guiné-Bissau. Quarenta e dois anos após a independência, para a qual o país avançou unilateralmente,é fácil para os guineenses encontrarem vestígios dessa dominação.

No dia 6 de Dezembro, este domingo, vai sair o segundo capítulo da série Racismo em Português, desta vez dedicado à Guiné-Bissau.

Aqui abordamos a forma como a política do "dividir para reinar" foi usada por Portugal, exploramos uma das singularidades desta colónia onde os cabo-verdianos foram usados como intermediários e capatazes para mandar nos bissau-guineenses e contamos histórias de quem precisava de uma autorização para entrar em Bissau.

Esta série é um trabalho de equipa, que dirigi com a preciosa colaboração de Frederico Batista (imagem, montagem), participação da arte final de Sibila Lind e apoio na produção de Isabel Anselmo. Lembro a propósito de Racismo em Português:

Cinco países. Cinco viagens. Cinco reportagens. Mais de 100 entrevistas em busca das heranças do colonialismo e da forma como marcou as relações raciais. Os portugueses foram mais brandos e menos racistas, como o luso-tropicalismo nos quis fazer acreditar? 

Racismo em  português: como foi, como é? A Revista 2 explora um país por mês de Novembro até Março.
 
Em Março, sai o livro com a compilação de todas as reportagens, editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, aqui parceira do PÚBLICO, sem a qual não era possível realizar este projecto. 

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